Mesmo sem grandes promessas à vista, Palmeiras projeta alto com vendas em 2026

Mesmo sem grandes promessas à vista, Palmeiras projeta alto com vendas em 2026
Mesmo sem grandes promessas à vista, Palmeiras projeta alto com vendas em 2026 -

O Palmeiras aprovou, na última terça-feira (16/12), o orçamento para a temporada de 2026, e a principal engrenagem da projeção de receitas segue sendo o mercado de transferências. Dos cerca de R$ 1,2 bilhão estimados de arrecadação para o próximo ano, R$ 399,6 milhões estão vinculados diretamente à venda de jogadores.

O valor mantém um padrão observado nos últimos exercícios, embora o cenário esportivo seja diferente. Em 2024 e 2025, o clube contou com negociações de grande impacto envolvendo Endrick e Estêvão, dois talentos da base que despertaram interesse precoce do futebol europeu. Para o início de 2026, o Verdão não tem atletas no mesmo patamar de exposição, e ainda assim trabalhou com uma previsão mais conservadora do que a receita efetivamente alcançada em 2025.

A expectativa interna é fechar a atual temporada com quase R$ 600 milhões em vendas, impulsionada, além de Estêvão, por transferências como as de Vitor Reis e Richard Ríos. Há também receitas de mecanismos de solidariedade e percentuais mantidos em atletas negociados anteriormente. Um exemplo recente foi a transferência de Kevin, do Shakhtar Donetsk para o Fulham, que rendeu R$ 22,3 milhões ao Palmeiras mesmo sem o jogador estar mais no elenco.

Esse tipo de operação é visto como uma das alternativas para atingir a meta próxima dos R$ 400 milhões em 2026. Ainda assim, a diretoria alviverde tem adotado cautela e, neste momento, evita negociar peças consideradas estratégicas do grupo.

Os grandes ativos do Palmeiras

Entre os jovens, Allan desponta como o nome mais valorizado da base neste fim de 2025. Com multa rescisória estipulada em 100 milhões de euros para o exterior, o Palmeiras se sente protegido para avaliar eventuais propostas sem pressão imediata por venda.

No ataque, Flaco López e Vitor Roque, artilheiros da equipe na temporada com 25 e 20 gols, respectivamente, também atraem olhares do mercado europeu. Apesar do potencial financeiro dessas negociações, a diretriz do clube é manter ambos ao menos até a Copa do Mundo, já que os dois vêm sendo convocados e podem disputar o torneio de seleções no meio do ano.

Ajustes no elenco podem ampliar arrecadação

O planejamento para 2026 também passa por ajustes no elenco. Abel Ferreira já indicou que jogadores com menor aproveitamento podem deixar o clube. Caso essas saídas se concretizem, o Palmeiras pode ampliar a receita com negociações e, ao mesmo tempo, abrir espaço para novas contratações.

Micael, por exemplo, tem conversas em andamento para uma transferência ao exterior, em um modelo de empréstimo com opção de compra. Já o argentino Aníbal Moreno, que encerrou a temporada em baixa, recebeu sondagens do River Plate. As tratativas, por ora, estão longe de um desfecho. O volante deve iniciar a pré-temporada na Academia de Futebol caso não chegue uma proposta considerada satisfatória.

Além disso, outros atletas formados na base seguem monitorados por clubes europeus. Benedetti, Luighi e Riquelme Fillipi não devem atingir cifras semelhantes às de Endrick e Estêvão, mas aparecem como ativos valorizados no mercado.

Até agora, a única receita já garantida com venda de atletas para 2026 vem do futebol feminino. A negociação de Amanda Gutierres com o Boston Legacy, dos Estados Unidos, rendeu US$ 1,1 milhão ao clube, cerca de R$ 5,89 milhões na cotação da época. Aliás, ela entrou para a história como a maior transferência do futebol feminino brasileiro.

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