Proprietário do Nottingham Forest, o grego Evangelos Marinakis pediu à diretoria do clube para que uma parte da arquibancada Bridgford (Setor Leste) passe a se chamar como Setor John Robertson. Esta será uma das muitas homenagens do clube ao seu antigo atacante, que morreu aos 72 anos neste Natal, com falência de órgãos.
“Em sua homenagem e em reconhecimento duradouro à sua extraordinária contribuição para o nosso clube. Para que o seu legado – e o nosso grande herói – sejam para sempre lembrados”, disse Marinakis.
Robertson, o Rei do Nottingham
Ex-ponta-esquerda do Nottingham Forest e da seleção escocesa, Robertson atuou entre 1970 e 1986, defendendo o Forest por quase toda a carreira e sendo o grande astro da equipe nos anos de ouro, no fim da década de 1970. Naquele período, o time conquistou seu único Campeonato Inglês (1978/79) e dois títulos da Champions League (1978/79 e 1979/80).Aliás,o Nottingham é o único que possui mais Champions do que campeonatos nacionais na Europa.
Não por acaso, Robertson foi eleito, no fim do século passado, o maior jogador da história do Nottingham Forest. Manteve a posição em nova eleição realizada em 2015 quando o clube celebrou seus 150 anos de fundação. Sua morte, portanto, causou grande comoção na cidade.
Nascido em 20 de janeiro de 1953, em Lanarkshire, Robertson também teve papel relevante na seleção escocesa. Disputou duas Copas do Mundo, em 1978 e 1982. Nesta última, enfrentou o Brasil na derrota por 4 a 1 — e é um dos maiores jogadores da história do selecionado de seu país.
Robertson ganhou o apelido de “homem das decisões” no Nottingham Forest. Na conquista da Copa da Liga Inglesa de 1978, contra o Liverpool, marcou o gol do título. Na final da Champions League de 1979, contra o Malmö, deu a assistência para o gol de Trevor Francis na vitória por 1 a 0. Já na Champions de 1980, marcou o gol do título no triunfo por 1 a 0 sobre o Hamburgo.
Picasso de chuteiras
“Em uma comparação com o futebol atual, Robertson jogava de forma semelhante a Ryan Giggs. Porém com ainda mais qualidade e habilidade com as duas pernas, Emcampo, era um artista, um Pablo Picasso de chuteiras” disse Brian Clough, treinador do Nottingham de 1975 a 1993.Ele foi omandante de Robertson por vários anos, e que morreu em 2004.
Defendeu o maior rival
Um fato curioso marcou sua carreira: apesar da idolatria total no Nottingham Forest, ele defendeu o Derby County, maior rival do clube, entre 1983 e 1985. Seria como um palmeirense como Ademir da Guia defender o Corinthians, ou Zico ter uma passagem pelo Vasco. Ainda assim, Robertson retornaria ao Forest para uma última temporada antes de encerrar a carreira.
Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.

