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Acordo entre Vasco e empresa de Bitcoin já rende R$ 10 milhões ao clube; torcedor poderá investir em atletas

Cruzmaltino tem a expectativa de arrecadar até R$ 50 milhões

Acordo entre Vasco e Mercado de Bitcoin
Acordo entre Vasco e Mercado de Bitcoin -
Rio - Em meio a bastidores agitados e adiamento das eleições, surge uma boa notícia para a torcida vascaína. O presidente Alexandre Campello anunciou na noite desta quinta-feira a entrada do Vasco no mercado de moeda digital. Um acordo de parceria entre o clube e a MBDA, empresa do Mercado Bitcoin, já deu ao clube R$ 10 milhões e vai permitir ao torcedor se tornar um investidor de 12 atletas formados em São Januário.

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Contrato entre Vasco e Mercado Bitcoin Reprodução/Site Oficial Vasco
Contrato entre Vasco e Mercado Bitcoin Reprodução/Site Oficial Vasco
Contrato entre Vasco e Mercado Bitcoin Reprodução/Site Oficial Vasco
Contrato entre Vasco e Mercado Bitcoin Reprodução/Site Oficial Vasco
Contrato entre Vasco e Mercado Bitcoin Reprodução/Site Oficial Vasco
Contrato entre Vasco e Mercado Bitcoin Reprodução/Site Oficial Vasco
O anúncio foi feito através de uma entrevista coletiva que contou com Campello, Anderson Santos, diretor financeiro do Vasco e de Gustavo Chamati, sócio fundador do Mercado Bitcoin. Confira como a parceria irá funcionar:
O Vasco e o Mercado Bitcoin venderão tokens (moedas digitais que representam ativos reais), com valor inicial de R$ 100. Cada um desses tokens representará uma parte do que o Vasco tem a receber via mecanismo de solidariedade de 12 atletas formados no clube. A expectativa do clube é arrecadar R$ 50 milhões, tendo em vista que terão disponíveis 500 mil tokens a venda. O torcedor que comprar um token fará um investimento e receberá o rendimento quando houver negociação dos jogadores.
Segundo o presidente, o produto está previsto para ser lançado no mercado em até 30 dias. O Vasco estampará a marca do Mercado Bitcoin por oito jogos na barra traseira da camisa como parte do acordo.
"O projeto foi pensando a partir de 2018 e agora conseguimos finalizá-lo. Montamos através de um estudo levando em consideração dados do Transfermarket do dia 28 de outubro de 2020. Foi feita uma avaliação de valorização e desvalorização do mecanismo de solidariedade desses jogadores. Nisso, avaliamos a idade e os riscos de serem negociados. Obviamente, vamos colocar à disposição apenas valores de negociações futuras. O que passou não entra", disse Campello.
Os tão falados "tokens", que são os pilares do acordo, poderão ser comprados por qualquer pessoa física e ter parte desse percentual a fim de ter lucro no futuro. Gustavo Chamati explicou mais sobre eles:
"O token é uma moeda digital. É a representação de uma fração do que o Vasco tem direito a receber do mecanismo de solidariedade toda vez que um atleta formado no clube for negociado. Esses 12 atletas vão gerar receita ao Vasco sempre que forem negociados. A gente fez um estudo e uma avaliação de quanto esses atletas devem gerar no futuro para o Vasco. A gente, então, transformou esse direito em uma criptomoeda, que a gente chamada de token. Cada token desse representa uma fração desse direito. É um produto de investimento que vai permitir que o torcedor compre um pedaço desse direito na expectativa de que vá receber mais no futuro do que gastou agora", explicou Chamati.
O Mercado Bitcoin já comprou do Vasco 20% dos tokens, totalizando um valor de R$ 10 milhões. Com isso, receberá, de forma adicional, 5% dos tokens pela prestação dos serviços de operação. Os demais 75% dos tokens ficam para o clube e poderá colocá-los à venda a qualquer momento.
Os valores a serem recebidos pelo mecanismo de solidariedade dos jogadores correspondem a 1/500.000 de cada token. O Vasco destinará 20% de todos os valores arrecadados com o token, aos credores que aderirem ao Pool de Credores até a data de distribuição.