Astolfo Barroso Pinto nasceu em Cantagalo, no interior do Rio, em 25 de junho de 1943. Anos mais tarde, tornou-se Rogéria. A maquiadora, cantora e atriz brilhou durante décadas e virou uma das artistas mais queridas do País, tanto que se autointitulava "a travesti da família brasileira". Ela morreu ontem à noite, aos 74 anos, num hospital da Barra da Tijuca.
Rogéria havia voltado a ser internada ontem, por conta de uma infecção urinária. Em julho, a atriz ficou internada durante duas semanas em uma clínica em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio ela teve infecção generalizada e seu quadro piorou depois de uma crise convulsiva.
Rogéria usava roupas e maquiagem femininas desde a adolescência, mas nunca quis fazer a cirurgia de redesignação sexual. "Meu pinto ninguém tira", costumava dizer a irreverente artista, fazendo alusão também a um dos seus sobrenomes.
Rogéria começou a carreira como maquiadora na extinta TV Rio, trabalhando com artistas como Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira e Elis Regina. Em seguida, virou cantora e tornou-se vedete de Carlos Machado, produtor e diretor de espetáculos musicais, conhecido como "O Rei da Noite". Como atriz, Rogéria participou das novelas "Tieta" (que está sendo reprisada no Canal Viva), "Paraíso Tropical", "Duas Caras", "Lado a Lado" e Babilônia".