Milicianos produziam e vendiam bebida falsa

Comerciantes eram obrigados a revender as bebidas 'batizadas' pela quadrilha

Foram apreendidas garrafas com rótulos famosos usadas para a colocação de vodca e uísque falsificados
Foram apreendidas garrafas com rótulos famosos usadas para a colocação de vodca e uísque falsificados -

Com certeza você já ouviu a expressão "água que passarinho não bebe". Caso não conheça, ela significa o consumo de bebidas alcoólicas. Porém, a 'água' que os milicianos da Zona Oeste estavam produzindo não são nem para passarinho, nem humanos. Estavam produzindo bebidas alcoólicas falsificadas, além de ameaçar e obrigar os comerciantes da região a adquirirem as bebidas, que eram fornecidas aos clientes em bares e restaurantes. O crime foi descoberto por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), após longa investigação. Cinco acusados foram presos, ontem, na comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá.

Segundo a polícia, os criminosos usavam álcool etílico, corante, tinta automotiva, cola, tinta spray, produtos para pintar cabelo, pólvora, desinfetante, solvente e até enxofre, para misturar nas bebidas. As bebidas 'batizadas' eram vendidas também em eventos da Zona Sul.

De acordo com a denúncia, os comerciantes estavam sendo pressionados a comprar bebida adulterada por homens que seriam do bando de milicianos. Análises feitas pela perícia da Polícia Civil confirmaram as falsificações.

Além das prisões, foram apreendidas centenas de garrafas, que eram usadas para colocar a vodca e o uísque falsificados, além de máquinas caça-níqueis.

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