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Representantes da Umbanda e Candomblé protestam contra discriminação em Niterói

Ato contra a expulsão de religiosos afros por parte de evangélicos em cemitério foi realizado em frente a Estação das Barcas

Umbandistas e candomblecistas se uniram em protesto em frente a Estação das Barcas nesta quarta-feira à noite
Umbandistas e candomblecistas se uniram em protesto em frente a Estação das Barcas nesta quarta-feira à noite -

Rio - Dezenas de umbandistas, candomblecistas e simpatizantes de religiões de matrizes africanas, participaram na noites desta quarta-feira, de um protesto em frente a Estação das Barcas de Niterói. A intenção foi chamar a atenção da população, para o que consideram humilhação e desrespeito, em relação à expulsão, por parte de evangélicos, de adeptos de Umbanda e Candomblé do Cemitério de Maruí, no bairros Barreto, em Niterói, na manhã do dia 2, Dia de Finados.

Imagens de um grupo de pelo menos 30 evangélicos expulsando cerca de 15 adeptos da Umbanda e Candomblé que participavam de um culto no Cemitério de Maruí, no bairro Barreto, em Niterói, estão causando indignação nas redes sociais desde domingo. Só uma postagem do Facebook, feita pela Agência Afro Notícias, por exemplo, já atingiu 1,3 milhão de visualizações.

Pelas imagens, de um minuto e dezessete segundos, homens e mulheres vestidos com camisas amarelas, invadem a área em que os seguidores de Umbanda estavam, próximos a túmulos, na localidade conhecida como Cruzeiro. Aos gritos de 'Jesus tem poder', 'o nome de Jesus é poderoso' , 'o demônio sai' e 'feitiçaria sai!', os umbandistas, que estavam em companhia de alguns candomblecistas, ficaram acuados, e acabaram se dispersando.

"Viemos mostrar nossa indignação em público e convocar a população para nos apoiar numa caminhada, programada para as 10h da manhã do próximo domingo. O ponto de encontro será na Praça do Barreto, seguindo até o Cemitério de Maruí", ressaltou Magno da Conceição, de 30 anos, um dos adeptos de umbanda .