Rio - Os últimos quatro governadores do Rio têm em comum algo além do sol quadrado: todos foram assombrados pela Maldição de Novembro. Sérgio Cabral foi o primeiro a rodar, em novembro de 2016. Ele tá em Bangu 8 e as condenações já chegam a 170 anos e oito meses. Em novembro de 2017, foi a vez de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, que foram em cana acusados de crimes eleitorais. Agora, a maldição de novembro pegou Luiz Fernando Pezão, acusado de fazer parte de um esquema de propinas.
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"Isso é efeito do Odu negativo, que tem grande força neste mês. Odu quer dizer caminho, destino, é aquilo que a pessoa traz ao mundo quando nasce e é o que vai regê-la por toda a vida. No candomblé, tem a ver com a morte, é como se esses governadores morressem pra política. Eles podem até tentar voltar, mas não vão conseguir", avisa Pai Sérgio de Ogum.
Segundo o pai de santo, isso é apenas o começo de uma onda de prisões e mudanças drásticas na política brasileira. A lista incluiria até mesmo presidente eleito, Jair Bolsonaro, que tomará posse em janeiro.
"Minhas previsões apontam mudanças pra ele até o fim de 2019. Não vejo o Bolsonaro concluindo o mandato. Pode acontecer com ele o que aconteceu com a Dilma", alerta ele, comentando o futuro de Wilson Witzel, o próximo governador do Rio: "Haverá muitas acusações, mas não vejo prisão no caminho dele".