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Falta de pagamento trava Linha 3 do VLT

Prefeitura não tem repassado sua parte para o Consórcio VLT Carioca

A nova linha já passou por testes, mas até agora não começou a operar
A nova linha já passou por testes, mas até agora não começou a operar -

Último trecho que falta para completar o circuito do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade do Rio, a Linha 3 já está pronta, mas um entrave financeiro impede sua inauguração. Pelo cronograma inicial, o prazo terminou no dia 15 de dezembro. Apesar de todas as instalações estarem concluídas desde o início do mês passado, a Prefeitura do Rio não tem repassado sua parte dos pagamentos da obra para o Consórcio VLT Carioca, responsável pela construção e operação do sistema. As obras começaram em janeiro de 2018.

Muito aguardada por passageiros, a Linha 3 ligará a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont pela Avenida Marechal Floriano. Serão três novas estações, além das sete já em atividade, que serão compartilhadas com as linhas 1 e 2. O percurso de quatro quilômetros será feito, de uma ponta a outra, em 18 minutos no máximo, beneficiando 24 mil usuários por dia. Procurada, a prefeitura não retornou contato da reportagem.

A pendência se refere aos repasses mensais do município para ressarcir o consórcio pela implantação do sistema. Por causa do atraso dos pagamentos, o VLT Carioca deve à empresa francesa Alstom, que não liberou o sistema da Linha 3 para operação. A Alstom é a detentora da tecnologia de alimentação elétrica feita por solo e do funcionamento dos sinais do VLT.

Os atrasos também causam prejuízos para comerciantes da região. "Os lojistas tiveram que arcar com uma queda de 30% a 40% nas vendas em dezembro", diz Roberto Cury, presidente da Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca). A implantação do VLT custou R$ 1,157 bilhão.