Polícia já tem suspeito

A Delegacia de Homicídios (DH) analisou imagens de mais de dez câmeras de segurança na tentativa de identificar os criminosos que atacaram, a tiros de fuzil, a delegada e deputada estadual Martha Rocha (PDT) no domingo de manhã, na Rua Belisário Pena, na Penha, Zona Norte do Rio. Ontem, a especializada voltou à região para recolher mais imagens. Já há um suspeito de ter participado da ação. O bandido tem mandado de prisão e teria saído do Complexo da Penha, segundo a polícia.

No ataque, o motorista da deputada, o subtenente reformado da PM Geonisio Medeiros, foi baleado na perna. Martha estava no carro com a mãe de 88 anos, mas nenhuma das duas ficou ferida.

O carro da deputada, que é blindado, passou por perícia complementar na DH, ontem. Martha Rocha disse que o veículo foi emparelhado por outro, de onde um homem com touca, roupa e luvas pretas colocou metade do corpo para fora da janela e atirou.

"Temos imagens de mais de dez câmeras, para que não paire nenhuma dúvida quanto à motivação, seja ela atentado contra a vida da parlamentar ou tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte)", disse o diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antonio Ricardo, acrescentando que "há um bandido que tem mandado de prisão e pode ter participado dessa ação. É o que aponta a análise da inteligência. Há uma possibilidade desse criminoso ter saído do Baile da Gaiola, que pode ser a origem dos marginais que cometeram esse ataque".

O governador Wilson Witzel (PSC) determinou, ontem, uma escolta para Martha Rocha. A deputada revelou, no domingo, que sofreu três ameaças de morte em dezembro e que, por isso, comprou o carro blindado. Segundo a parlamentar, à época, a Polícia Civil ofereceu apenas um mês de escolta.