Mais Lidas

Crivella não estipula data para Linha 3 do VLT

Prefeito diz que buscará equilibrar o contrato com o consórcio

CARNAVAL 2019 - Preparativos das escolas de samba nos barracões na Cidade do Samba. Na foto o Carnavalesco Edson Pereira da Vila Isabel.   Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
CARNAVAL 2019 - Preparativos das escolas de samba nos barracões na Cidade do Samba. Na foto o Carnavalesco Edson Pereira da Vila Isabel. Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia -

Um dia após a divulgação da notícia de que a Linha 3 do VLT está pronta, mas não é inaugurada devido à falta de repasses de recursos do município, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse ontem que está tentando fazer um equilíbrio financeiro-econômico do contrato com o consórcio VLT Carioca. No entanto, ele não estipulou uma data para a inauguração do novo trajeto, que ligará a Central do Brasil ao Aeroporto Internacional em 18 minutos.

As obras começaram em janeiro de 2018 e, pelo cronograma inicial, deveriam ser entregues no dia 15 de novembro. Enquanto isso não acontece, eventuais passageiros e comerciantes da região reclamam dos transtornos.

Crivella lembrou, em entrevista à Rádio Tupi, que o contrato assinado na gestão anterior prevê que o governo municipal arque com o prejuízo, caso a demanda diária seja inferior a 260 mil usuários. "Hoje, tem apenas 60 mil (passageiros por dia), e a Prefeitura do Rio tem que pagar o resto. Estamos procurando fazer um equilíbrio do contrato, porque é muito caro pagar 200 mil passagens todos os dias", completou o prefeito.

Além dessa dívida, o município tem 23 anos cerca de 270 parcelas para desembolsar R$ 625 milhões custeados pela concessionária para a construção do transporte que circula pela Zona Central. Para auxiliar a Prefeitura do Rio nessa empreitada, a União liberou mais R$ 532 milhões por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, totalizando R$ 1,157 bilhão. Nem o governo municipal nem o consórcio VLT, no entanto, informaram qual é o valor da pendência entre as partes quanto ao pagamento das parcelas.

"Enquanto a gente não resolver isso (o reequilíbrio), nós não vamos pagar o final da obra. E aí fica pendente o trecho 3. Mas espero que, nos próximos dias, a gente resolva isso", concluiu Crivella.