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Tragédia de Brumadinho pode ter mais vítimas do que Mariana

Comitê criado para acompanhar o rompimento das barragens está pessimista

Área administrativa da Vale, onde estavam funcionários, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. A lama agora começa a chegar ao centro do município
Área administrativa da Vale, onde estavam funcionários, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. A lama agora começa a chegar ao centro do município -

Minas Gerais - Equipe do Comitê de Crise criado para acompanhar o rompimento das barragens de Brumadinho, em Minas, avalia que o desastre no início da tarde desta sexta-feira pode ter proporções maiores do que a tragédia ocorrida há três anos em Mariana, quando 19 pessoas morreram. Até o momento, Corpo de Bombeiros de Minas Gerais afirmou que cerca de 200 pessoas estão desaparecidas.

Com o rompimento das duas barragens, o risco é de que 1 milhão de litros de resíduos de mineração sejam lançados no meio ambiente. Uma quantidade menor do que os 50 milhões lançados no desastre de Mariana. O problema, no entanto, é de que o acidente desta vez atingiu a parte administrativa da Companhia Vale do Rio Doce. Trabalham na unidade 613 pessoas, em três turnos, além de 28 profissionais terceirizados. O receio é de que o número de vítimas no acidente desta sexta-feira seja bem mais elevado, sobretudo de funcionários da empresa.

A equipe também acompanha o risco de os dejetos atingirem o Rio Paraopeba. Caso esse cenário se concretize, há a possibilidade de o abastecimento de Belo Horizonte ser atingido. Uma operação de emergência, para envio de água para áreas afetadas pelo abastecimento, já começa a ser desenhada.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou a tragédia em Brumadinho. Em seu Twitter, ele informou que determinou o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; de Minas e Energia, Bento Albuquerque; e do secretário nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves.