Brumadinho - O número de mortos confirmados na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, subiu para 65 nesta segunda-feira. Destes, 19 corpos foram identificados. Há ainda 292 desaparecidos. A informação foi divulgada pelo tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais Flavio Godinho.
Godinho explicou que o número oficial de mortos é registrado quando os corpos são enviados ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, capital mineira. Por isso, informou o oficial, o número de óbitos deve subir.
Ele informou que uma equipe da Polícia Militar e dos Bombeiros trabalham no atendimento às famílias.
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O número de desabrigados é de 135 pessoas.
Um grupo de 129 militares de Israel especialistas no socorro de pessoas soterradas chegou na noite deste domingo, 28 ao Brasil. Eles seguiram para em Brumadinho, Minas Gerais, para ajudar no resgate de vítimas da barragem da Vale. A operação foi coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com apoio de Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil.
Entre os equipamentos trazidos pelos israelenses, estão alguns de engenharia que serão usados para avaliar a situação das outras barragens do complexo da Vale em Brumadinho. O objetivo é verificar o risco das instalações. Há ainda um equipamento que detecta variações de temperatura e poderá ser usado na busca por vítimas. A equipe é formada por médicos, socorristas e especialistas em resgate.
No 4º dia de buscas em Brumadinho, aproximadamente 280 bombeiros trabalham nas buscas após o rompimento da barragem da Vale.
No domingo, dia 27, a Defesa Civil de Minas Gerais informou que os donativos arrecadados em quase 72 horas após o rompimento da barragem em Brumadinho já são suficientes e que não é mais necessário o envio de mais materiais.
A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira, 25, deixando mortos, feridos e centenas de desaparecidos.
A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tinha volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.