São Paulo - O corpo do jornalista Ricardo Boechat deve ser cremado nesta terça-feira, em cerimônia reservada para parentes e amigos próximos, segundo informações da Band. O velório começou na noite desta segunda, por volta das 23h30, e vai até as 14h desta terça, no Museu da Imagem e do Som (MIS), no bairro Jardim Europa, na capital paulista.
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"Quando nós acabarmos de apurar esse caso, vamos encontrar um fio condutor entre essas tragédias que estão acontecendo. São sempre coisas que não estão adequadas. Uma barragem que não estava adequada, um dormitório que não estava adequado e, possivelmente, um helicóptero que não estava adequado", disse o presidente do Grupo Bandeirantes, onde Boechat trabalhava, João Carlos Saad.
Nesta segunda, apenas a família e amigos próximos estavam autorizados a entrar no local onde o corpo está sendo velado. Do lado de fora, aglomeravam-se fãs, ouvintes e telespectadores de Boechat, esperando a abertura ao público.
Acidente
O jornalista do Grupo Bandeirantes morreu na queda de um helicóptero na Rodovia Anhanguera, quando retornava de uma palestra em Campinas. O helicóptero caiu em cima de um caminhão no km 22 da rodovia, sentido interior, com o Rodoanel, e acabou explodindo. O motorista conseguiu escapar com vida.
O acidente ocorreu no início da tarde desta segunda. O piloto da aeronave, Ronaldo Quatrucci, também morreu.
A pedido do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, irá representá-lo no velório do jornalista. Bolsonaro disse que ele e Boechat eram amigos "há mais de 30 anos" e que apelidou o jornalista de "Jacaré".
Humor ácido
Boechat tinha 66 anos, era apresentador do Jornal da Band e da Rádio BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista IstoÉ. O jornalista nasceu em Buenos Aires, na Argentina, quando o pai Dalton Boechat, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores.
Dono de um humor ácido, usava essa característica para noticiar fatos e criticar situações. O tom era frequente nos comentários de rádio, televisão e também na imprensa escrita. Autoridades dos três poderes lamentaram a morte do jornalista.
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