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Cabral prepara acusações contra empresário da 'festa do guardanapo'

Ex-governador do Rio prestará depoimento no próximo dia 23 ao juiz da Lava Jato, Marcelo Bretas. Alvo será Georges Sadala, o "Gê", ex-sócio de empresa responsável pelo Poupa Tempo

Ex-governador preso na Lava Jato
Ex-governador preso na Lava Jato -

O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) dará mais um depoimento ao juiz da Lava Jato, Marcelo Bretas, no próximo dia 23. Cabral falará especificamente sobre a Operação C’ist Fini, de 2017. O principal alvo de Cabral será o empresário Georges Sadala, conhecido como “Gê”. Ele vai detalhar o que já foi dito por seu operador financeiro Carlos Miranda. Exemplo: o pagamento de propina que envolvia o contrato do Rio Poupa Tempo. Sadala foi sócio da Agiliza Rio, responsável pelo programa que facilita a emissão de documentos. A empresa recebeu R$ 132,5 milhões do governo entre 2009 e 2015.

EX-SENADOR DO MDB SERÁ O OUTRO ALVO

Sérgio Cabral também contará como a Cowan conseguiu participar da execução das obras da Linha 4 do metrô. A intermediação foi feita, segundo o ex-governador, por Georges Sadala. A Cowan, aliás, é uma das empresas que fez parte do projeto e pagou propina a Cabral junto com Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia. Além disso, o ex-governador vai revelar detalhes a Bretas de como Luiz Otávio de Oliveira Campos, ex-senador pelo MDB do Pará, sogro de Sadala e ligado à família Barbalho, atuou no negócio.

DISPOSTO A FAZER DELAÇÃO PREMIADA

Cabral tem muito a dizer sobre Georges Sadala. O ex-governador é réu confesso e condenado a quase 200 anos de prisão. Nos depoimentos ao juiz Marcelo Bretas, Cabral tem se voltado aos assuntos dos autos dos processos. Mas ele está disposto a detalhar os rolos do empresário com o governo do estado em uma possível delação premiada, que não está descartada. À época, Sadala tinha vários contratos com a gestão Cabral. Era ainda representante do BMG no Rio, que negociava crédito consignado para servidores.

FESTA EM PARIS INSPIROU OPERAÇÃO

A Operação C’ist Fini (“É o fim”, em francês) foi inspirada na festa de Paris em que Georges Sadala dança com guardanapo na cabeça com ex-secretários de Cabral e empresários. Na operação, além de Sadala, foram presos o ex-chefe da Casa Civil Régis Fichtner e o ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) Henrique Ribeiro.

MUITO ALÉM DE UMA BANCADA

Com a não ida, por enquanto, do MDB à base do governo Witzel na Alerj, a vida do articulador político Cleiton Rodrigues pode virar um inferno. A turma do Guanabara tem certeza que os emedebistas não controlam apenas a bancada de cinco deputados.

HORIZONTE DE INCERTEZAS

Na verdade, ninguém da equipe de Witzel ousa dizer ao certo quais são, efetivamente, os partidos aliados. O governador só saberá quando houver uma votação importante na Assembleia.

PRESOS, MAS AINDA INFLUENTES

Não é só Pezão que tem indicados na Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado (Agenersa). Os ex-deputados Jorge Picciani, Paulo Melo, Edson Albertassi, e Affonso Monnerat, secretário de ex-governador, também.

HOMENAGEM A SERGIO MORO

Depois de Michele Bolsonaro e Augusto Heleno, é a vez do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ser homenageado com a medalha Tiradentes na Alerj. A proposta é de Alana Passos (PSL).

SEM MATRÍCULA

O secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, foi convocado nesta quinta-feira pela deputada Dani Monteiro (Psol) para explicar, na Alerj, a falta de vagas nas escolas.

PICADINHO

Nesta sexta-feira, o Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Alerj, promove o seminário ‘Políticas Públicas de Emprego e Renda’.

‘Paradoxos Digitais - Uma conversa sobre controle e liberdade’ é na segunda-feira, às 18h, no Olabi, Botafogo. Gratuito.

‘A Arte é Mulher’ promove encontros artísticos de mulheres de diferentes gerações. No CCBB, no próximo dia 8, às 19h. De graça.

SOBE

LIONEL MESSI

Jogador do Barcelona fez dois gols contra o Liverpool. O time venceu por 3 a 0 e está perto da final da Champions.

DESCE

MICHEL TEMER

Ex-presidente virou réu pela quinta vez, agora no caso do Decreto dos Portos. Temer foi acusado em dezembro.