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Rio bate recorde com 1,358 milhão de desempregados no primeiro trimestre, segundo IBGE

A taxa de desemprego no Estado do Rio de Janeiro foi de 15,3% no primeiro trimestre de 2019

Os estados com os maiores percentuais de carteira assinada no setor privado foram Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%)
Os estados com os maiores percentuais de carteira assinada no setor privado foram Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%) -
O desemprego no Rio de Janeiro atingiu 1,358 milhão de pessoas no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O número bateu o recorde da série histórica, iniciada em 2012. A taxa de desemprego no Estado do Rio de Janeiro foi de 15,3% no primeiro trimestre de 2019. No mesmo período de 2018, a taxa foi de 15%. No quarto trimestre do ano passado, o desemprego no RJ foi de 14,8%.
No Brasil, a taxa de desocupação no 1º trimestre de 2019 foi de 12,7%, 1,1 ponto percentual acima do trimestre anterior (11,6%) e 0,4 p.p ponto percentual abaixo do 1º trimestre de 2018 (13,1%). As maiores taxas foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%).
Desalentados
O contingente de desalentados, pessoas que desistiram de encontrar emprego, no 1º trimestre de 2019 foi de 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais. Os maiores contingentes estão na Bahia (768 mil pessoas) e no Maranhão (561 mil) e os menores em Roraima (8 mil) e no Amapá (15 mil).
O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho no 1º trimestre de 2019, foi de 4,4%, mantendo o recorde da série histórica. Entre as unidades da federação, Maranhão (17,9%) e Alagoas (16,5%) tinham as maiores taxas de desalento e Rio de Janeiro (1,2%) e Santa Catarina (0,9%), as menores.
Carteira de Trabalho assinada no setor privado
No setor privado do país, 74,7% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada. Os menores percentuais de empregados com carteira no setor privado estavam nas regiões Nordeste (59,0%) e Norte (60,9%); o maior estava no Sul (83,9%). Os estados com os maiores percentuais foram Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%), e as menores ficaram com Maranhão (50,3%), Piauí (52,5%) e Pará (53,0%).
No 1º trimestre de 2019, o número de empregados no setor privado sem carteira assinada foi de 11,1 milhões de pessoas. Entre os estados, as maiores proporções foram no Maranhão (49,5%), Piauí (47,8%) e Pará (46,4%), e as menores foram em Santa Catarina (13,2%), Rio Grande do Sul (18,0%) e Rio de Janeiro (18,4%).
Mulheres têm menor nível de ocupação que os homens
No 1° trimestre de 2019, as mulheres eram maioria na população em idade de trabalhar no Brasil (52,4%) e em todas as grandes regiões. Porém, entre as pessoas ocupadas, predominavam os homens, no Brasil (56,3%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam (60,6%).
O nível da ocupação dos homens no Brasil foi de 63,7% e o das mulheres de 44,9%, no 1º trimestre de 2019. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (23,7), e para o Sudeste, com a menor diferença (18 p.p.).
Já na população desocupada, no 1º trimestre de 2019, as mulheres eram maioria (52,6%). Em todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens, sendo o maior na região Sul (56,2%).
A taxa de desocupação no Brasil, no 1º trimestre de 2019, foi de 12,7%, mas com diferenças significativas entre homens (10,9%) e mulheres (14,9%). Este comportamento foi observado nas cinco grandes regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,6%) tanto em todas as regiões.
Taxa de desocupação para pretos e pardos é maior que a taxa nacional
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população, seguidos dos brancos (40,2%) e dos pretos (10,2%). No 1º trimestre de 2019, esse contingente subiu para 13,4 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 51,2%; a dos brancos reduziu para 35,2% e dos pretos subiu para 12,7%.
A taxa de desocupação, no 1º trimestre de 2019, dos que se declararam brancos (10,2%) ficou abaixo da média nacional (12,7%). Porém, a dos pretos (16%) e a dos pardos (14,5%) ficaram acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a 9,1% e a dos brancos era 6,6%.
No 1º trimestre de 2019, os pardos representavam 47,9% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,2%) e pelos pretos (8,9%).