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Impeachment: Marcelo Crivella é convocado para depor na próxima semana

Sessão foi marcada para as 10h

Prefeito Marcello Crivela
Prefeito Marcello Crivela -
A Comissão que conduz o processo de impeachment contra Marcelo Crivella (PRB), na Câmara de Vereadores, já tem data marcada para interrogar o prefeito. Segundo informações da Comissão Processante, Crivella deverá comparecer à sessão marcada para as 10h, na próxima quarta-feira (5).

Em ofício, o presidente da comissão, Willian Coelho (MDB), convocou os outros dois membros do grupo: o relator Luiz Carlos Ramos Filho (Pode) e o ex-secretário da Casa Civil Paulo Messina (PRB).

A convocação de Crivella foi feita na reta final da CPI, quando a maior parte das testemunhas de defesa e de acusação já foram ouvidas. Agora, resta escutar a ex-subprocuradora geral Christiana Mariani e o subsecretário de Projetos Estratégicos Fernando Meira.

Nas internas da Câmara, há vereadores dizendo que Meira é até mais aguardado do que o próprio prefeito. Isso porque o subsecretário despachou sobre o contrato firmado com as empresas de publicidade de mobiliário urbano Adshell e Cemusa durante suas férias. A comissão processante obteve uma cópia do contracheque de Meira que comprova que ele estava de férias na ocasião da assinatura de renovação dos contratos.

O episódio comprova o que já foi dito por outras testemunhas do caso: a Prefeitura tinha pressa na assinatura do documento. Isso porque o contrato foi assinado em dezembro de 2018, mas só venceria um ano depois.

Entenda o caso

A Comissão Processante foi instalada no dia 3 de abril, depois de o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe (MDB), receber uma denúncia, por escrito, do fiscal da Secretaria Municipal de Fazenda Fernando Lyra Reis, sobre supostas irregularidades na renovação de contratos de mobiliário urbano com duas empresas de publicidade.

Segundo o documento, o governo municipal perdeu mais de R$ 8 milhões de reais dos cofres públicos, por renovar, sem licitação, contratos com empresas gerem as publicidades de pontos de ônibus e relógios.

Em seus depoimentos, a maior parte das testemunhas ligadas à gestão municipal defendeu a tese de que não houve renovação de contrato. Mas sim a extensão do mesmo, para reequilibrar supostas perdas financeiras das duas empresas. Nenhum estudo que comprovaria tais perdas foi apresentado até o momento.