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Café da manhã com soco na mesa

General Heleno se exalta e sugere 'prisão perpétua' para o ex-presidente Lula enquanto Bolsonaro critica decisão do STF de criminalizar a homofobia

O presidente Jair Bolsonaro e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, reagiram com rispidez e ironias à entrevista em que ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva levantou suspeitas sobre a veracidade do atentado à faca ao então candidato do PSL à Presidência. Durante o café da manhã, ontem, com, jornalistas, Heleno chegou a dar dois socos na mesa.
"Tem uma coisa muito estranha. Uma facada que não aparece sangue em nenhum momento, uma facada em que o cara que dá a facada é protegido pelo segurança do Bolsonaro...", disse Lula aos jornalistas Juca Kfouri e José Trajano, da Rede TVT.
O general Heleno comparou a facada aos diagnósticos de câncer de Lula e Dilma. Bolsonaro afirmou que se fosse esfaqueado "sairia cachaça com certeza".  O presidente também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de criminalizar a homofobia e voltou a defender a necessidade de um ministro evangélico no STF.

A seguir, trechos das declarações de Bolsonaro e do general Heleno.

"[O empregador pensa] e se der problema aqui dentro? Ele me acusa disso ou daquilo, o que vai acontecer, como fica minha empresa?".
"Acho que o que mede a ineficiência de um Estado é a quantidade de lei. Quanto mais leis, pior é aquele Estado. E está transformando insuportável a nossa convivência no Brasil dada essas decisões, com todo respeito, que o Supremo Tribunal Federal tomou no dia de ontem", 
(Afirmando a decisão do STF de criminalizar a homofobia prejudica os homossexuais e que o patrão pensará duas vezes antes de contratar)

"Com todo o respeito, mas é um decisão completamente equivocada (...) Se tem um evangélico lá, pedia vista (mais tempo para análise) e senta em cima (do processo)."
"Não custa nada ter alguém lá dentro que vá falar".
(Sobre indicar um minitro evangélico para o STF)

"A possibilidade é muito grande"
(Sobre indicar o ministro da Justiça Sergio Moro para o STF)

"Se furar sai muita cachaça"
(Sobre hipotética facada a Lula)

"Um presidente desonesto tinha que tomar uma prisão perpétua. É um deboche com a sociedade, destrói o conceito de país. É o cúmulo ele ainda aventar a possibilidade da facada ser uma mentira".

"E será que o câncer dele [de Lula] foi mentira? E o câncer da dona Dilma [Rousseff, ex-presidente] foi mentira? Alguém teve peito de dizer isso para ele [Lula]? Isso é uma canalhice típica desse sujeito".

(General Heleno, sobre Lula)

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