Mais Lidas

Caso Flordelis: advogado aguarda transferência e dá ultimato à delegacia

Anderson Rollemberg, que representa Flávio e Lucas dos Santos, disse que vai esperar até o fim da tarde desta terça-feira a transferência dos dois para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica. Caso não ocorra, vai acionar a justiça e os direitos humanos

Anderson Rollenberg, que defende Flávio e Lucas
Anderson Rollenberg, que defende Flávio e Lucas -
O advogado Anderson Rollemberg, que representa Flávio e Lucas dos Santos, presos suspeitos de matarem o pai adotivo, o pastor Anderson do Carmo, disse que vai esperar até o fim da tarde desta terça-feira a transferência dos dois para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica. Caso ela não ocorra, conforme acordado ontem, ele pretende entrar com um pedido na justiça e acionar a Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Ele voltou a reforçar a que permanência dos seus clientes na carceragem da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) é ilegal.
"Estou mandando um assistente verificar às 16h se foi cumprido o acordo. Se isso não ocorrer, às 11h de amanhã (quarta-feira) estarei protocolando um pedido aos direitos humanos e tomando as medidas judiciais. Eles estão sendo mantidos ali em cárcere à mercê da autoridade policial quando na prática e pela norma tem que se transferido para o sistema. Estão fazendo o que bem entendem com eles, tiram da carceragem a todo momento, questionam, fazem perguntas, etc. Sem falar na questão de insalubridade daquela carceragem, inadequada, úmida, cheia de fungos e parasitas. Se fizer uma vistoria vão ver que é desumano manter uma pessoa mais de algumas horas. Não há sequer chuveiro para banho", criticou.
O defensor disse que foi acordado com o delegado-assistente de Bárbara Lomba a transferência para esta terça-feira. Entretanto, ele falou que compreende que os depoimentos foram até tarde da noite, o que adiou o início dos trabalhos nesta terça-feira. Logo, pode atrasar a transferência dos presos.
"Não é assim que funciona. Eles têm que ter a tranquilidade deles, mesmo sendo presos provisórios, tem que ter o direito assegurado, principalmente a assistência jurídica quando questionado pela autoridade policial. Essa é a reivindicação que fazemos. Isso é arbitrário", reforçou.
*Estagiária, como supervisão de Adriano Araujo