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Mais cinco corpos são localizados em cemitério clandestino da milícia

Polícia usa retroescavadeira para buscas no terreno

Cemitério clandestino que seria do grupo paramilitar ficava na localidade conhecida como Visconde
Cemitério clandestino que seria do grupo paramilitar ficava na localidade conhecida como Visconde -
Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo com apoio do Ministério Público estadual localizaram, nesta terça-feira, mais cinco corpos em um cemitério clandestino usado pela milícia que age em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio. Os militares contam com auxílio de uma retroescavadeira para desenterrar os corpos. Segundo a Delegacia de Homicídios, a organização é responsável por pelo menos 50 mortes na região, ocorridas desde janeiro do ano passado.

Na sexta-feira passada (5), um dia depois de ter sido realizada a Operação Salvator, a polícia civil localizou um cemitério clandestino no bairro Itamarati, em Itaboraí. De acordo com a polícia, o local era usado pela milícia que atua na região. Foram encontrados 12 corpos, alguns em estado de decomposição, e várias ossadas, possivelmente de vítimas da milícia que age com extrema crueldade naquela região.

Nesta terça-feira, os policiais apreenderam na residência do miliciano Osmar da Silva Gomes, conhecido como "Tirso", diversas armas de fogo, além de coletes balísticos, granadas, drogas, munições, roupas táticas e rádio comunicador .A ação foi um desdobramento da Operação Salvator, que teve como objetivo o cumprimento de 74 mandados de prisão e 93 de busca e apreensão. desencadeada no último dia 4.
Selfie com vítimas
Milicianos que atuam no Município de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, tiravam fotos de suas vítimas momento antes de executá-las. Segundo o Ministério Público, ao menos cem pessoas foram executadas pela milícia em Itaboraí.
Um mototaxista teve o coração arrancado pelos milicianos após ter sido morto. O grupo paramilitar acreditava que o homem teria dado informações a traficantes sobre um dos integrantes do bando, Wanderson da Silva Oliveira, de 25 anos, o Júnior ou Juninho, que foi morto em março passado.
*Com informações da Agência Brasil