Mais Lidas

Deputado Estadual do PSL é ameaçado de morte no Rio de Janeiro

O parlamentar era vereador em Maricá e conhecido por denunciar irregularidades políticas

Filippe Poubel corre o risco de ser sequestrado ou morto por organização criminosa
Filippe Poubel corre o risco de ser sequestrado ou morto por organização criminosa -
A Polícia Civil está investigando uma ameaça de morte sofrida pelo deputado estadual Filippe Poubel (PSL). Antes de ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), o parlamentar era vereador em Maricá, onde era conhecido por denunciar irregularidades políticas. Recentemente, dois proprietários de sites de notícias do município, conhecidos por noticiar acontecimentos políticos de Maricá, foram executados a tiros.

Através da assessoria de imprensa, Poubel confirmou a informação de que está sofrendo ameaças e que corre o risco de ser sequestrado e até mesmo assassinado por uma organização criminosa, mas por questões de segurança não iria dar detalhes da intimidação sofrida.

"Fillipe Poubel está adotando todas as medidas de precaução sugeridas pela Secretaria de Estado de Polícia Civil. Desde os tempos de vereador em Maricá, e agora deputado estadual, é um legislador combativo. Foi eleito com esse propósito, continuará cumprindo o dever de denunciar, cobrar e fiscalizar o poder público e seus agentes", dizia a nota.

Procurada, a ALERJ afirmou não ter detalhes sobre o crime e não informou se o parlamentar solicitou reforço em sua segurança. Presidente da comissão de segurança da Assembléia Legislativa, o deputado Carlos Augusto Nogueira (PSD) declarou que as ameaças sofridas por Poubel é um atentado à democracia.

"O agente que tem que ter uma flexibilidade para fazer o certo o tempo todo, exercer o seu mandado da melhor maneira possível. Ser ameaçado, é um ato atentatório à democracia e ao parlamento, e, logicamente, por isso eu vou me inteirar disso ainda hoje (22). Eu acho que isso atenta contra toda a Assembléia Legislativa, todo parlamento, e, principalmente, contra o estado democrático de direito", disse Nogueira.

A Polícia Civil alegou que não irá comentar o caso por ele se tratar dos "assuntos de inteligência".

Recordando - No dia 25 de maio, o dono do jornal O Maricá, Robson Giorno, 45, foi executado a tiros próximo de sua casa, no bairro do Boqueirão, em Maricá. Menos de um mês depois, no dia 18 de junho, a vítima foi Romário da Silva Barros, de 31 anos. O fundador e repórter do site de notícias Lei Seca Maricá, foi assassinado em Araçatiba. Os dois empresários eram conhecidos por noticiar acontecimentos policiais e políticos do município de Maricá.