De todos os conceitos que envolvem a formação de um ser humano, a cultura e a educação são alguns dos mais importantes. Elas ajudam a moldar a sociedade e as futuras gerações. Não é à toa que esses são os principais pilares de atuação do Sesc RJ, um dos principais agentes de fomento à cultura no estado do Rio de Janeiro.
Bem-estar e qualidade de vida do comerciário e da sociedade, e o acesso da população a atividades nas áreas de cultura, saúde, turismo social, educação, esporte e responsabilidade social já são pilares do Sesc RJ desde sua criação, em 1946. Atualmente, com o objetivo de fomentar e garantir que as mais diversas manifestações culturais brasileiras tenham espaço, o Sesc oferece diversas oficinas.
São diferentes laboratórios que ajudam a inserir as pessoas no ramo cultural: linguagens, artes cênicas, artes plásticas, danças, circo, dramaturgia, música, teatro, cinema, entre outros. A maior parte das oficinas é gratuita. Quando há algum custo, o valor é simbólico ou revertido em doação de alimentos não perecíveis.
"O Sesc tem duas diretrizes básicas: a primeira diz que todo cidadão tem o direito de ter a sua cultura respeitada e também o direito de conhecer outras culturas. A segunda fala sobre a diversidade cultural. Então, temos o cuidado de oferecer a maior diversidade possível de cultura em nossas unidades", diz Márcia Costa Rodrigues, gerente de cultura do Sesc RJ.
Para Márcia, a instituição vai além da formação profissional. "Trabalhamos no sentido antropológico da cultura, mais do que meramente em uma formação artística, que também é importante. É a chamada bagagem cultural, que pode servir profissionalmente, mas também engrandece a vida do cidadão", conta.
Paixão pela arte
Luis Cailaud, de 59 anos, começou no Sesc RJ frequentando um grupo teatral. No entanto, a diversidade de ações da instituição despertou outros interesses. Tanto que ele se tornou professor de xilogravura (técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel) da instituição.
"Tudo começou no grupo teatral, nos anos 1980. Um dia, por curiosidade, entrei em uma sala e me deparei com um professor de xilogravura. Gostei do trabalho e pedi para participar das aulas. Ali começou minha paixão por esta arte. Desde então, há 25 anos, sou professor de xilogravura e hoje dou aula no Sesc", recorda.
De aluno a professor, Luis conta que o Sesc transformou a sua vida. "Eu trabalhava como vitrinista e acabei me apaixonando pela xilogravura. É uma arte trabalhosa, que exige dedicação e que me fez abdicar de muitas coisas na vida. Mas quando você convive com a arte, sua vida ganha uma nova perspectiva", explica o professor, que é responsável por formar 40 alunos por ano.
O Sesc também tem uma veia artística forte na criação. São ações de estímulo à formação e aquisição de conhecimento totalmente gratuitos. É o caso do Sesc Argumenta, laboratório imersivo que propõe uma consultoria especializada para novos autores de projetos cinematográficos.
Rita Piffer participou da primeira edição do laboratório. Ela destaca como a atividade e a chancela do Sesc enriquecem o currículo. "Ter o selo de qualidade do Sesc no currículo conta demais. As pessoas do meio veem o Sesc Argumenta como um ótimo laboratório de roteiro e argumento. A curadoria é maravilhosa. Isso aumenta muito as chances de trabalho no meio por conta do networking obtido no curso".
Além de cultura e educação, o Sesc RJ oferece atividades nas áreas de saúde, turismo social, esporte e responsabilidade social. Para ficar por dentro, acesse o site www.sesc.com.br. A instituição tem atividades culturais em todas as 21 unidades espalhadas por 12 municípios do estado do Rio.
