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Atirou pra todo lado

Ao apresentar o que chama de 'novo Brasil', Bolsonaro ataca outros governos

Bolsonaro fez ataques diretos e indiretos a outros países, como França, Cuba e Venezuela
Bolsonaro fez ataques diretos e indiretos a outros países, como França, Cuba e Venezuela -

O discurso de 31 minutos de Jair Bolsonaro (PSL) na abertura da 74ª Assembleia das Nações Unidas (ONU), ontem de manhã, em Nova York (EUA), ecoou no Brasil e no mundo e foi alvo de críticas. O presidente, que se elegeu fazendo arminha com as mãos em alusão a seu posicionamento sobre liberação de armas, atirou para todos os lados. Atacou governos de outros países, criticou demarcação de terras indígenas e enfatizou o que entende ser defesa da soberania nacional na Amazônia.

Bolsonaro começou o discurso dizendo que o Brasil "ressurge depois de estar à beira do socialismo". Em seguida, fez críticas aos governos venezuelano e cubano, chamando o programa Mais Médicos de "trabalho escravo respaldado por entidades de direitos humanos no Brasil". O programa foi cancelado no fim do ano passado, após críticas feitas pelo então presidente recém-eleito.

Após o discurso, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, criticou a postura do presidente brasileiro. "Eu rejeito categoricamente as calúnias de Bolsonaro contra Cuba. Ele está delirando e anseia pelos tempos da ditadura militar. Ele deveria cuidar da corrupção de seu sistema de justiça, governo e família. Ele é o campeão do aumento da desigualdade no Brasil", atacou.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que acompanhou o pai no evento, rebateu em seu perfil no Twitter. "Se o chanceler cubano está reclamando é porque foi bom. É o nosso comunistômetro. Cuba é a maior escravidão do mundo. Seu povo vive de forma miserável, pouquíssimos conseguem denunciar isso ao mundo e ninguém pode sair da ilha sem autorização", postou.