Não deu tempo

O policial militar Ednilton Mendes Francisco Júnior, de 32 anos, que morreu com um tiro na cabeça durante patrulha na quarta-feira, em Jacarepaguá, Zona Oeste, planejava feliz a festa de aniversário de 6 anos de seu único filho. Segundo familiares, o soldado estava animado para a comemoração no dia 13.

"Ia ser uma festa dos Vingadores, mas agora acabou tudo. Acabaram com a gente. Meu filho era o nosso orgulho. Era um trabalhador, um pai de família, um policial honesto", disse Elizabeth Pires, de 52 anos, mãe do policial.

Segundo a Polícia Militar, Ednilton estava em uma viatura com outro policial, em patrulhamento na região, quando foram atacados por três criminosos na Estrada dos Bandeirantes. O policial foi atingido na cabeça. O companheiro de viatura dele ainda trocou tiros com os criminosos, que fugiram para a localidade do Karatê. Ednilton foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.

Ednilton estava na PM havia seis anos. Ele foi o 47º policial militar morto em ações violentas no estado em 2019. O Portal dos Procurados do Disque Denúncia (2253-1177) oferece R$ 5 mil de recompensa por informações que levem à captura dos assassinos do soldado.

Operação na CDD

Logo após a morte do soldado Ednilton, o 18º BPM (Jacarepaguá), onde ele era lotado, fez uma operação para tentar localizar os criminosos, na Cidade de Deus. A operação continuou ontem, logo nas primeira horas da manhã, com apoio de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), com uso de um helicóptero blindado.

Um morador da comunidade gravou um vídeo mostrando diversas marcas de tiros, de calibres diferentes, nas paredes de sua casa. Ele acusou os policiais de entrarem "atirando para todo lado".

Até o fechamento desta edição, a PM não havia divulgado um balanço da operação.