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Máquinas de R$ 1 milhão não podem ser usadas

Na direção do IPPGF há 10 anos, o perito Rodrigo Grazinolli explica que o fornecimento de reagentes necessários aos exames nem sempre foi contínuo e só há quatro peritos disponíveis para atender à demanda de 40 pedidos por mês. Cada pedido pode se desdobrar em diversos exames, já que o material genético de um familiar pode ser confrontado com o de diversos corpos até que se identifique se algum daqueles restos mortais pertence à pessoa desaparecida.

"Precisamos de aporte contínuo de reagentes. Mas é complicado. De 2015 a 2018, os reagentes faltaram", relata. "Os problemas nesse período geraram grande atraso. Em 2018, ainda estávamos pagando pelo que sofremos por três anos. Os laudos que estão atrasados são os que deveriam ter sido feitos em 2018", disse.

Com apenas quatro peritos, o trabalho para fazer cada exame de DNA leva cerca de 48 horas. O tempo de cada análise poderia ser reduzido para duas horas, caso duas máquinas compradas em março, por R$ 1 milhão, pudessem ser usadas. "Adquirimos equipamentos que vão permitir uma automação do exame. Isso trará celeridade aos resultados. Um deles, a plataforma de automação, acho que só nós temos no Brasil. Mas para essas máquinas funcionarem a gente ainda está à espera de reagentes", explicou Rodrigo Grazinolli.