Mais Lidas

Bombeiros mortos em incêndio na whiskeria Quatro por Quatro são enterrados sob comoção

Durante o enterro dos militares, familiares e amigos fizeram um cortejo em homenagem às vítimas

Cortejo no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju
Cortejo no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju -
Os três bombeiros que morreram durante combate a um incêndio nesta sexta-feira na whiskeria Quatro por Quatro, na Rua Buenos Aires, no Centro da cidade, foram enterrados neste sábado. O sepultamento dos militares foi marcado por forte comoção de familiares, amigos e colegas de farda. 
O cabo José Pereira Neto foi enterrado no Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O velório começou às 13h30, na capela 7 e o sepultamento às 16h45. Também no Jardim da Saudade, foi realizado o enterro do cabo Klerton Araújo, na capela 2. O velório aconteceu às 11h45 e o sepultamento às 16h15. Já o corpo do sargento Geraldo Ribeiro será enterrado às 16h, no mausoléu da corporação, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. 
Durante o enterro dos militares do Corpo de Bombeiros, houve um cortejo em homenagem às vítimas. O vice-governador do Rio, Cláudio Castro, esteve no Cemitério São Francisco Xavier e falou sobre como o governo está tratando a tragédia.
"Realmente é uma tragédia, a gente tem a total condição e a consciência que hoje o Corpo de Bombeiros tem os melhores equipamentos do mundo. Tudo que há de mais moderno o Corpo de Bombeiros utiliza. Então realmente já foi aberta a sindicância pelo comandante geral para que a gente entenda qual foi a situação que essa tragédia se deu".
Cláudio disse ainda que a Secretaria de Vitimados está deste sexta-feira em contato com as famílias das vítimas para dar todo o suporte necessário. 
'O que restá é seguir em frente', diz tio
Amigos de infância, os cabos Klerton de Araújo e José Pereira Neto, ambos de 35 anos de idade, estiveram juntos durante toda a vida até à trágica morte. Os dois cresceram na mesma rua e dividiam, ainda criança, brincadeiras e estudos.  Já adultos, prestaram o mesmo concurso e foram aprovados. Acabaram servindo juntos no Quartel Central.

"São amigos que deixarão saudade. Eram pessoas de bem. Só tivemos alegria juntos. Eles eram amigos, irmãos, pessoas alegres, de caráter. Morreram juntos exercendo a profissão que amavam. Está difícil digerir está perda", disse o amigo dos cabos, Fernando José, 38.

Para Roberto da Luz, 66, tio do cabo José Neto, o que resta para a família é seguir em frente. Em dezembro, a filha do militar completará um ano e a família pretende comemorar a data." Vamos tentar seguir e comemorar o um ano de vida da filha dele porque tenho certeza que era isso que ele ia querer. José é sinônimo de dignidade, caráter, bom filho e bom pai". Klerton deixou uma filha de 5 anos.
Cortejo no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju Juliana Pimenta / Agência O Dia
Cortejo no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju Juliana Pimenta / Agência O Dia