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Lamsa diz que pedágio da Linha Amarela volta a ser cobrado em até um mês

Concessionária calcula prejuízo de cerca de R$ 1 milhão com a inutilização de cabines, cancelas, câmeras e sensores, feita pela prefeitura na noite deste domingo

Cabines foram inutilizadas neste domingo
Cabines foram inutilizadas neste domingo -
Após conseguir liminar na Justiça para reassumir o controle da Linha Amarela, a Lamsa informou, na manhã desta segunda-feira, que deve retomar a cobrança do pedágio em até um mês. Na noite deste domingo, a prefeitura esteve na via expressa para assumir o controle da operação local, inutilizando a praça do pedágio, com a retirada de cancelas, sensores e câmeras.
O presidente da concessionária, Eduardo Dantas, calcula um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão com a desmontagem da operação de pedágio.
Em nota, a concessionária disse que a ação da prefeitura foi feita "sem base jurídica" e "colocou em risco a segurança dos colaboradores e usuários da via expressa"; confira a nota na íntegra!
"A Lamsa, empresa do grupo Invepar, informa que obteve, na manhã desta segunda-feira, dia 28 de outubro, liminar favorável à concessionária, restabelecendo a operação na Linha Amarela. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, sem base jurídica, determinou a destruição da praça de pedágio da Lamsa, na noite deste domingo (27), um ato que colocou em risco a segurança dos colaboradores e usuários da via expressa. A concessionária repudia veementemente a decisão ilegal e abusiva do poder municipal, que só causa transtornos à sociedade carioca. Os danos causados à Lamsa ainda serão avaliados pela equipe da concessionária. A cobrança do pedágio permanecerá suspensa até o restabelecimento das condições mínimas de operação e de segurança da concessionária.

A destruição da praça de pedágio, um ato violento praticado contra a Lamsa, seus colaboradores e a população do Rio de Janeiro, representa um ataque à segurança jurídica brasileira, pilar de um ambiente de negócio sadio, capaz de atrair investimentos privados para a cidade e fonte da criação de emprego e renda para a população. A decisão também ocorre no momento em que o governo federal se prepara para apresentar aos investidores privados novos projetos na área de infraestrutura, uma aposta para a retomada da economia do país.

Neste domingo, Crivella rompeu todos os limites do bom senso e da legalidade. O prefeito não pode cancelar um contrato de concessão unilateralmente dessa forma.

A Lamsa lamenta os atos de vandalismo físico, jurídico e administrativo praticados pelo prefeito, e confia na Justiça para o restabelecimento definitivo do respeito ao cumprimento dos contratos, à ordem e ao Estado de Direito para que possa continuar oferecendo serviços de qualidade à sociedade carioca".
A prefeitura ainda não se manifestou sobre a decisão da Justiça da volta da Linha Amarela para a Lamsa.

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Cabines foram inutilizadas neste domingo Anderson Justino / Agência O DIA
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Praça do pedágio foi descaracterizada Hudson Pontes
Cobrança do pedágio foi suspensa Divulgação / Prefeitura do Rio
Cobrança do pedágio foi suspensa Divulgação / Prefeitura do Rio
ECONOMIA DE QUASE R$ 1 MIL
Enquanto o pedágio não é retomado, há quem já calcule a economia que será feita sem a cobrança por um mês. É o caso do pedreiro Manoel Venâncio, de 36 anos, que passa pela via pelo menos quatro vezes ao dia, pagando R$ 7,50 em cada viagem. 
"Agora estou indo para o Recreio dos Bandeirantes e vou voltar e ia ter que pagar... vou voltar de novo para Jacarepaguá... já vai um alimento para os seus filhos", Manoel prevê.
PREJUÍZO DE R$ 1,6 BI
A decisão da prefeitura de retomar a Linha Amarela aconteceu dois dias depois de o município anunciar o fim do contrato de concessão da via. O anúncio foi feito após a CPI da Linha Amarela da Câmara de Vereadores do Rio identificar um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres do município.
A prefeitura alega que a concessionária teve um retorno financeiro de 30% e não 10% como previsto na equação que trata do equilíbrio econômico-financeiro da concessão.