Sabe aquela fila enorme para atendimento no hospital público? Ou então a escola caindo aos pedaços onde os seus filhos estudam? Ou ainda a falta de segurança nas ruas da cidade? Talvez nem passe pela sua cabeça, mas muitos desses problemas têm, na origem, o contrabando de cigarros.
Este crime deve impedir a arrecadação de R$ 307 milhões em impostos, no estado do Rio, em 2019. Com este valor, poderiam ser construídas 146 Unidades de Pronto Atendimento, 216 creches, 3,1 mil casas populares e 523 Unidades Básicas de Saúde.
Para muita gente, comprar o "mata-rato" tem uma grande vantagem: além de baratinho, o maço, que custa menos de R$ 5 (preço mínimo definido por lei), é facilmente encontrado em bares, padarias, bancas de jornal, camelôs… Mas além de não saber o que tem dentro do cigarro ilegal, geram-se enormes prejuízos à sociedade.
O comércio de produtos ilegais, liderado no Brasil pelos cigarros, gera danos em diversas áreas: na economia, pois impostos deixam de ser recolhidos; na segurança pública, ao financiar o crime organizado e a violência; na saúde, pois os produtos não têm registro nem se submetem aos controles sanitários.
Para quem comercializa, é bom ficar atento. A pegada do governo estadual é "combate total ao cigarro ilegal". O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), Maurício Demétrio, é taxativo. "Acabou a firula de tratar bandido com florzinha".