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Quem fez tem que pagar

Família de mulher morta por bala perdida cobra respostas

Familiares da dona de casa Sandra Maria Gomes Sales, de 61 anos, morta durante uma troca de tiros entre PMs do 7º BPM (São Gonçalo) e traficantes, no Jardim Catarina, em São Gonçalo, na quinta-feira, querem justiça. Ela foi atingida por uma bala perdida quando ia buscar seu neto na escola, próximo da localidade conhecida como B-13. Ontem de manhã, parentes de Sandra foram até o Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo para liberar o corpo.

"Eu quero saber de onde partiu o disparo que matou a minha esposa. Eu só quero justiça, não quero mais nada na minha vida. Seja de um lado ou de outro, eu só quero justiça e quem fez vai ter que pagar. Eu quero que isso vá para frente e que não fique impune. Não quero que minha esposa seja mais uma na estatística", declarou o marido da vítima, o guardador de carros Francisco Carlos Sales, de 61 anos.

A assessoria da Polícia Militar informou que equipes do 7º BPM (São Gonçalo) realizaram operação para retirar barricadas na comunidade. "Chegando ao local, os policiais foram alvo de criminosos armados e houve confronto", diz a nota. Entretanto, moradores contaram que não viram nenhuma retroescavadeira ou caminhão — veículos usados em ações de retirada de barricada.

"Os caras chegam numa comunidade e dizem que vão tirar barricada, mas chegaram para fazer o que fizeram. São despreparados, já chegam atirando. Não se trabalha assim, e sim com respeito ao trabalhador. Na minha comunidade tem bandido, mas tem pessoas de bem, como era ela. Não estou aqui para criticar a polícia; tem policial bom e ruim, mas tem que agir com inteligência", disse Francisco.