Reação em Angra

A Polícia Militar vai ocupar por tempo indeterminado favelas consideradas críticas em Angra dos Reis, na Costa Verde do Estado do Rio. O efetivo para a ação sairá de batalhões da capital, que vão ceder de dois a três policiais para reforçar o policiamento na região. Agentes que já moram no interior terão prioridade nessa seleção, conforme apurado pela reportagem.

Na segunda-feira, o governador Wilson Witzel (PSC) vai se reunir com o prefeito de Angra, Fernando Jordão (MDB), para discutir soluções sobre a criminalidade no município. Uma das medidas já foi anunciada: o 33º BPM (Angra), que é responsável por uma área equivalente a 420 mil campos de futebol, receberá um caveirão. "Ainda não há data para o blindado chegar, mas será logo. O veículo vem do 27º BPM (Santa Cruz)", afirmou o coronel Marcio Alexandre Fófano, que assumiu a unidade há 30 dias com o desafio de lidar com uma guerra entre facções criminosas.

No fim de semana passado, sete corpos de jovens entre 15 e 26 anos foram encontrados em um matagal. "Estamos investigando. A principal linha é a de que as mortes sejam pela disputa territorial do tráfico", disse Celso Gustavo Ribeiro, delegado titular da 166ª DP (Angra). De acordo com o policial, que atualmente é o único delegado lotado na unidade, 80% dos homicídios no município estão ligados ao tráfico.