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Fugas em série no Brasil

Após 76 presos escaparem no Paraguai, 31 metem o pé em presídios do Acre e Goiás

A fuga de 76 presos do Primeiro Comando da Capital (PCC), na madrugada de domingo, em Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, parece ter sido o estopim para uma explosão de fugas em unidades prisionais brasileiras que abrigam membros da facção paulista. Na madrugada de ontem, 31 detentos escaparam de três presídios no país.

A maior fuga registrada em território nacional aconteceu no Complexo Penitenciário Francisco D'Oliveira Conde, em Rio Branco, no Acre, onde 26 presos escaparam usando cordas improvisadas, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen). Até o fechamento desta edição, apenas um havia sido recapturado.

Ainda segundo informações do Iapen, os detentos fugiram por um buraco feito na parede da cela. Eles fizeram cordas com lençóis e escaparam pela muralha. "Todas as forças de segurança do estado foram acionadas e várias medidas operacionais estão sendo realizadas para captura dos foragidos", explicou, em nota, o instituto.

No domingo, pelo menos cinco detentos escaparam de dois presídios de Goiás, mas a notícia só foi confirmada ontem pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do estado. As fugas ocorreram em Abadiânia, a cerca de 100 quilômetros de Goiânia, e em Caldas Novas, a 180 quilômetros da capital goiana. Um vigilante penitenciário foi detido em Caldas Novas por suspeita de facilitar a fuga de dois presos.

Em Abadiânia, três detentos escaparam por um buraco na parede do banheiro da cela para a rua.