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Witzel suspeita de sabotagem

Governador diz que há interesse em 'manchar' a companhia, que vai a leilão

O governador Wilson Witzel (PSC) disse acreditar que a Cedae pode ter sido vítima de sabotagem, que vem prejudicando a qualidade da água há mais de duas semanas. As declarações foram dadas durante o lançamento do programa Segurança Presente, em Copacabana, ontem. "Desconfio que houve uma sabotagem exatamente para manchar a gestão eficiente que está sendo feita na Cedae, preparando ela para o leilão", afirmou o governador.

A declaração de Witzel amplia o debate do caso, após técnicos da companhia já terem afirmado que a direção da Cedae recusou uma solução preventiva, utilizada com sucesso para o mesmo problema em 2001. Na época, também houve a proliferação da substância geosmina, mas a abertura de compotas do lago de captação das águas do Guandu evitou problemas com coloração e gosto da água.

O governador disse, ainda, que pediu para a Polícia Civil e a própria Cedae apurarem o caso. "Nós vamos apurar se essa imperícia foi dolosa (com intenção) ou culposa (sem intenção). A polícia está apurando, o conselho de administração da Cedae vai fazer uma investigação rigorosa, uma auditoria", contou.

O caso também é investigado pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). Na semana passada, agentes da especializada estiveram na Estação de Tratamento do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na quinta e sexta-feira, para iniciar as apurações. A Polícia Civil disse que as investigações "estão em andamento sob sigilo". A Cedae não respondeu sobre a auditoria citada pelo governador.