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Padrasto queimou crianças

Covarde se livrou dos pequenos para ficar só com a mãe

Da esquerda para a direita, Marya Clara, Cauã e Marya Alice. Eles foram enterrados ontem no Cemitério de Paraty. Mãe segue em estado grave
Da esquerda para a direita, Marya Clara, Cauã e Marya Alice. Eles foram enterrados ontem no Cemitério de Paraty. Mãe segue em estado grave -

O padrasto das três crianças que morreram no incêndio de uma casa em Paraty, na Costa Verde, sexta-feira, queria se livrar dos menores para viver sozinho com a mãe deles. A informação é do delegado Marcelo Russo, da 167ª DP (Paraty). Ele foi preso horas depois do crime e não teve o nome divulgado. 

As investigações passaram a apontar o homem como responsável pelo incêndio após o laudo da perícia descartar que as chamas começaram por acidente. Sete testemunhas foram ouvidas, incluindo a babá das crianças, uma das avós e vizinhos. "Ouvimos o depoimento dele, que apresenta várias contradições. Ele tinha alguns problemas com drogas, além de admitir que não gostava das crianças, dizia que davam muito trabalho. Foi por conta de ciúme que ele cometeu o crime", explicou o delegado, acrescentando que o padrasto colocou fogo em um colchão atrás da porta, trancou a mulher no banheiro e as crianças em outro cômodo para dificultar a fuga delas. O criminoso ainda tentou criar a história de que o pequeno Cauã colocou fogo nos colchões, por ser um menino levado.

Ele irá responder por três homicídios qualificados, por tentativa de feminicídio contra a companheira, que está internada em estado grave; e por incêndio em local habitado. Todas as penas juntas somam mais de 100 anos de prisão.