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Chuvas: após 85% da cidade ficar submersa, Porciúncula decreta situação de emergência

Segundo a prefeitura, não há água potável para população, já que a Cedae interrompeu o fornecimento após o transbordamento do Rio Carangola

Segundo a prefeitura, 85% da cidade de Porciúncula ficou submersa após chuvas que transbordaram Rio Carangola
Segundo a prefeitura, 85% da cidade de Porciúncula ficou submersa após chuvas que transbordaram Rio Carangola -
Rio - O município de Porciúncula, no Noroeste fluminense, decretou, na noite deste domingo, situação de emergência por conta das fortes chuvas. Segundo a prefeitura, 85% da cidade ficou submersa e não há água potável para a população, já que a Cedae interrompeu o fornecimento após o transbordamento do Rio Carangola. A morte de um morador foi confirmada no Centro por conta das enchentes. 
O decreto 2.000/2020, que instituiu a situação de emergência, em nível 2, dando detalhes do desastre, conforme previsto na Instrução Normativa 02/2016 do Ministério da Integração Nacional. As chuvas que alagam a cidade começaram no dia 21 e as cheias aumentaram a partir da tarde do dia 24, com o transbordamento do Rio Carangola.
Segundo números da prefeitura, alagaram ruas dos bairros Centro, Operário, Ilha, João Braz, Nova Caeté, Nossa Senhora da Penha, Barra, Olívia Peres, atingindo aproximadamente 4,5 mil pessoas.
Governador Wilson Witzel visitou áreas afetadas em Porciúncula - Divulgação
O governador do Rio, Wilson Witzel, esteve em Porciúncula neste domingo para ver os estragos causados pelas chuvas e anunciou a descentralização de R$ 23 milhões para ajudar cidades do Norte e Noroeste fluminense atingidas pela chuva.
O rio Carangola chegou ao ápice na madrugada de sábado, chegando a medir 8,22 metros. O nível de transbordo é de 5,20m. A Cedae cortou o abastecimento de água, deixando a situação mais complicada. A partir da manhã de domingo, a água começou a baixar lentamente, e até a última medição, às 19h30, o nível do rio estava em 6,38m.
Uma casa antiga, construída em 1925, foi derrubada pela equipe municipal de Defesa Civil após a solicitação de uma moradora do Centro da cidade. Segundo a solicitação, a casa estava parcialmente destruída e oferecia risco de desabamento sobre o poste, que cairia na casa da moradora.
Equipes da prefeitura, da Defesa Civil municipal de estadual, Corpo de Bombeiros, voluntários, igrejas e clubes de serviço se uniram para atender as necessidades da população.
Abrigos recebem desabrigados 

A Secretaria de Promoção Social montou três abrigos para receber desabrigados por conta das enchentes: nas escolas José de Lannes (CIEP), Orlinda Veiga e no Centro de Comercialização do Parque de Exposições. Os abrigados pela prefeitura estão recebendo alimentação e todo o suporte. Na noite de sábado foram distribuídos colchões, cobertores, travesseiros e lençóis.

No Centro Cultural Dr. Edésio Barbosa da Silva foi montado um ponto de entrega e organização de doações. A população atingida pela enchente está precisando de água para consumo e para uso doméstico, além de roupas e alimentos.
"Muita gente não acreditou nos alertas que foram dados na quinta-feira e preferiram ficar em casa. Com o aumento do nível, muita gente perdeu tudo. Estamos diante da maior enchente da história de Porciúncula", concluiu Gilmar Gonçalves, secretário municipal de Defesa Civil.

Todos os funcionários da Prefeitura Municipal e voluntários estão mobilizados para oferecer assistência e apoio à população porciunculense.
Segundo a prefeitura, 85% da cidade de Porciúncula ficou submersa após chuvas que transbordaram Rio Carangola Divulgação
Governador Wilson Witzel visitou áreas afetadas em Porciúncula Divulgação