Em um período de 12 horas, entre a noite de quinta-feira e amanhã de ontem, a concessionária que administra o sistema BRT registrou o número de 24 ônibus articulados depredados. Os atos de vandalismo ocorreram nos três corredores: Transoeste, Transcarioca e Transolímpica. Dados do consórcio BRT mostram que a cada dois dias, no ano passado, um coletivo do BRT foi alvo de depredação e retirado das ruas para manutenção.
Segundo a concessionária, o afastamento desses ônibus afeta diretamente cerca de 29 mil passageiros diários.
Em nota o consórcio BRT explica que: "Se a gente levar em consideração que um articulado carrega em média 180 pessoas e faz também em média 7 viagens por dia, são mais de 1.200 pessoas que vão lotar outros ônibus, a cada dia que esse articulado estiver na garagem em manutenção".
Ao longo de 2019, foram 153 veículos depredados e levados para o depósito. "Uma porta danificada pode tirar um ônibus de circulação por um dia, se for um vidro quebrado, por exemplo, ou até cinco dias, se for afetado o mecanismo. Em alguns casos mais sérios, quando a forração interna do carro (teto ou laterais internas) é estragada e não há as peças na distribuidora, é necessário fazer um pedido especial para a fábrica e a reposição pode demorar até um mês".
O BRT foi programado para circular em 125 estações e 9 terminais. Atualmente 103 estações estão ativas. 21 estações localizadas no trecho da Avenida Cesário de Melo e a estação Otaviano, no corredor Transcarioca, estão fechadas devido a atos de vandalismo.
As estações fechadas estão localizadas em pontos controlados pelo tráfico de drogas e pela milícia, na Zona Oeste.