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Familiares e amigos lamentam morte de professor de jiu-jitsu no Complexo do São Carlos

Samuka, como era conhecido, dava aulas em um projeto social e era muito querido na comunidade

Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê
Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê -
Familiares e amigos lamentaram a morte do professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, vítima da guerra entre facções no Complexo do São Carlos, na Região Central do Rio. Samuka, como era conhecido, dava aulas em um projeto social na comunidade São Carlos e era muito querido na favela, além de participar de outra ação de luta marcial na igreja que frequentava. O lutador será enterrado às 15h no Cemitério do Catumbi. Outras duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas.  
"Ele ajudava as crianças da nossa comunidade a ter uma alternativa na vida", disse o professor Luciano Ramos, também do São Carlos, em um vídeo em que pede ajuda financeira para custear o sepultamento do rapaz. "Não vamos esquecer do que ele fez com as crianças da nossa comunidade, tirando elas da ociosidade e dando um novo caminho", concluiu.
Samuka dava aulas para crianças na Renovação Fight Team (RFT) do Morro do São Carlos. A academia de lutas lamentou a morte do professor. "Em 2001 foi descoberto um grande talento na arte da Luta Livre; e que depois de alguns anos, iniciou a ministrar aula de jiu-jitsu kids, com muito louvor. Que Deus acalente nossos corações. A dor e as ótimas lembranças estarão sempre presentes", escreveu em sua rede social.

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Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê Reprodução redes sociais
Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê Reprodução redes sociais
Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê Reprodução redes sociais
Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê Reprodução redes sociais
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Professor de jiu-jitsu Samuel Peixoto, o Samuka, foi morto por uma bala perdida na guerra de facções no Morro do São Carlos. Ele fava aulas para crianças na comunidade e deixa mulher e um filho bebê Reprodução redes sociais
O lutador também fazia parte de um projeto de luta na congregação evangélica na Cidade Nova, que frequentava com a sua família. O pastor e membros da igreja lamentaram a morte de Samuel. Um vídeo em homenagem ao professor também foi publicado nas redes sociais.
"Samuel, jovem de sorriso largo e contagiante. Vi criança, adolescente e se tornar um homem de Deus e guerreiro que se deixou ser usado para transformar vidas através do seu dom e talento. Como diz a palavra de Deus : Você combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé. Agora segue para receber a coroa que está reservado pelo nosso Deus", escreveu uma amiga.
O corpo de Samuel será velado na igreja que frequentava na Cidade Nova, a partir das 10h. O enterro está previsto para às 15h no Cemitério do Catumbi, no bairro de mesmo nome.
Guerra de facções
Samuel foi baleado nas costas quando fazia um trabalho extra como mototaxista. Ele foi socorrido por moradores da comunidade para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo informações, no momento havia uma tentativa de invasão ao Morro do São Carlos por traficantes do Morro da Coroa. 
Em nota, a PM limitou-se a dizer, nesta segunda-feira, que policiais militares do 4º BPM (São Cristóvão)  foram acionados durante a madrugada próximo a um posto de combustíveis na Rua Frei Caneca, no bairro Catumbi, onde havia uma pessoa baleada.
"A vítima teria sido ferida por disparos de arma de fogo na comunidade da Mineira, sendo socorrida pelos militares ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Na unidade hospitalar, a equipe foi informada que deram entrada outras três pessoas feridas, oriundas da mesma comunidade. O caso foi registrado na 6ªDP", disse em nota.
As outras mortes foram de Yanca Lorrana Marques Rodrigues dos Santos e Fernando da Costa Cavalcante. Os feridos são Pedro Henrique Pena de Souza, Júlio César, Tarcísio Lustrosa e um homem ainda não identificado. A Delegacia de Homicídios (DHC) abriu um inquérito para investigar as mortes.