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A força das ruas! Beija-flor de Nilópolis reproduz diferentes manifestações e convoca o público a retomar os espaços públicos

Escola vem pra Avenida luxuosa e com sede de título

A Beija-flor de Nilópolis vai reproduzir as diferentes manifestações de rua para seu desfile na Marquês de Sapucaí neste Carnaval. Seja sobre o espectro da civilização, da espiritualidade ou dos locais dos grandes encontros, o enredo Se Essa Rua Fosse Minha convocar o público para uma viagem no tempo. 
As avenidas mais famosas do mundo como a Champs-Élysées, na França, a Broadway, nos Estado Unidos e Avenida Atlântica, em Copacabana, serão retratadas. "Cada setor vem com uma propostas. Vamos apresentar o setor das antigas civilização, quando o homem começa a evoluir, criando a roda, quando expande os caminhos marítimos e chega ao Novo Mundo até a construção das estradas, a pavimentação das ruas. A parte mais bonita vem no final do desfile através das romarias e procissões, onde cada um expressa livremente a sua fá livremente", explica o carnavalesco Cid  Carvalho.

A comissão de frente e a ala das baianas promete levantar as arquibancadas do Sambódromo. "Logo nos primeiro sotes a ala das baianas surge com uma fantasias fantásticas, e as baianinhas com os caminhos marítimos. Nesse mesmo setor, inclusive, a invenção da roda vem muito fora do padrão de fantasias", diz ele.
O samba e o Carnaval são manifestações que nasceram nas ruas. No entanto, a violência das cidades acaba afastando as pessoas dos espaços. A Beija-flor pega esse ganho como forma de crítica. "O grande final desse desfile é exatamente isso, com 300 pessoas representando aqueles que fazem das ruas seu palco, seu local de manifestação e trabalho. Teremos desde de malabaristas de sinal até a criatura que vende doce, garis, prostitutas, drag queens e professores pedindo por melhores salários. É a rua realmente sendo devolvida ao povo", destaca Cid, que não se intimida pela Escola ter amargado na 11ª posição do ano passado. "Aquilo foi consequência de uma proposta inovadora, já que a Beija-flor é uma escola de vanguarda. Em 2019 não deu certo. Hoje, a gente volta a beber da boa e velha fonte da grandiosidade do luxo visual característico dessa escola", diz. 

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