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Justiça diz que corpo de Adriano da Nóbrega não precisa ser conservado

Juiz afirmou também não haver necessidade de novos exames periciais

Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na Bahia
Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na Bahia -
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio determinou, nesta segunda-feira, que não é mais necessário conservar o corpo e nem realizar nova necrópsia do miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último dia 9, durante uma ação policial em Esplanada, na Bahia. A decisão é do juiz titular do 4º Tribunal do Júri do Rio, Gustavo Gomes Kalil, no processo da Operação Intocáveis. A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Na sentença, o magistrado destacou que a decisão se refere ao juízo do Rio e acrescentou que a competência para determinar possíveis novos exames é da comarca de Esplanada, onde o ex-capitão do Batalhão de Operação Especiais (Bope) foi morto. 

Na última quarta-feira, duas decisões da Justiça proibiram a cremação do corpo do miliciano. O pedido da cremação foi feito pela família de Adriano, por se tratar de uma morte violenta somente a justiça pode autorizar.
Na ocasião, o juiz Gustavo Kalil determinou que a cremação só poderia acontecer após a realização de todas as diligências e confecção de todos os laudos periciais necessários para elucidação de tais circunstâncias.
Miliciano Adriano da Nóbrega usava pistola com 'kit rajada' quando foi morto
O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega portava uma pistola com "kit rajada", que permite dar vários tiros como uma metralhadora, quando foi morto por policiais de elite da Bahia. A informação foi dada pelo Fantástico neste domingo, para contestar com a divulgação da foto do escudo usado pela polícia baiana que mostra apenas duas marcas de disparos, o que não seria possível com o uso do dispositivo na arma do ex-capitão do Bope.

Apontado como um dos chefes da milícia em Rio das Pedras e Muzema, ele estava em uma casa, localizada em um sítio em Esplanada, interior baiano, e foi morto no último dia 9 após ser cercado pela polícia da Bahia. Na porta por onde os policiais invadiram a casa, apenas uma marca de tiro e na parede do mesmo lado outros quatro buracos, que podem ser de tiros, mas também de estilhaços.
Segundo a Secretaria de Segurança da Bahia, Adriano da Nóbrega reagiu e foi atingido duas vezes por fuzil, um disparo o atingiu na altura do ombro e saiu na escápula, fazendo ele rodar e ser baleado pelo segundo tiro na cintura, atravessando o corpo e ficando alojado o projétil no pescoço, segundo explicou Mário Câmara, diretor do Instituto Médico Legal da Bahia.