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Corpo do miliciano Adriano da Nóbrega passa por nova necrópsia

Além da equipe do IML do Rio, assistentes técnicos do MP da Bahia, advogados da família e perito particular participam do processo

O miliciano Adriano Nóbrega estava foragido há mais de um ano e se escondia num sítio no interior da Bahia, onde foi morto pela polícia
O miliciano Adriano Nóbrega estava foragido há mais de um ano e se escondia num sítio no interior da Bahia, onde foi morto pela polícia -
Rio - A diretora do departamento de Polícia Técnica e Científica do Rio, delegada Nadia Abraão, informou que começou há pouco a necrópsia no corpo do ex-PM Adriano da Nóbrega. O novo exame cadavérico esta sendo realizado, na tarde desta quinta-feira, no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro. O exame complementar da necrópsia atende a pedidos das Justiças da Bahia e do Rio. Além da equipe do IML do Rio, assistentes técnicos do MP da Bahia, advogados da família e perito particular participam do processo.

Segundo o perito Francisco Miguel Moraes, que foi diretor do IML do Paraná, contratado pela família de Adriano, ele fará um parecer em cima do laudo da necrópsia que pode levar 15 dias. De acordo com Moraes, existem pontos no laudo da Bahia que podem ser esclarecidos, como o orifício de entrada do tiro que atingiu Adriano, o que, segundo o perito, chama-se de "tiro encostado". Essa primeira análise do perito é baseada em uma fotografia publicada pela Revista Veja. Apesar do estado de putrefação do corpo, ele acredita que a perícia não será comprometida.
"Muita coisa não poderia ter sido feita como foi. Um dos protocolos de polícia no mundo todo é esperar até a exaustão para que o indivíduo seja preso." Ainda segundo o perito, tudo está sendo fotografado. Peritos designados pelo Ministério Público da Bahia e do Rio participam da necrópsia.
Depois de ter contato com corpo de Adriano, o perito Francisco Miguel disse que o "tiro encostado" trata-se de uma marca de queimadura. "Encostou a boca da arma, mas não atirou". Questionado se o atirador queria ver se Adriano estava vivo, o perito apenas disse: "Não sei, pode ser". Quanto ao tiro do pescoço do miliciano, ele disse que foi ascendente, de baixo para cima.