Mais Lidas

Vírus avança

Secretário de Saúde prevê até 10 mil casos em 4 semanas e queda em 5 meses

O aumento dos casos de coronavírus no Rio deve ocorrer entre duas e quatro semanas. A previsão é do secretário Estadual de Saúde, Edmar Santos, que estima de quatro mil a 10 mil registros de Covid-19 no período. É esperado ainda que o contágio deve começar a diminuir apenas daqui a cinco meses.

Ontem, o Rio anunciou os primeiros casos de transmissão interna de Covid-19 do estado. Os dois pacientes, um homem de 72 anos e sua esposa, não estiveram fora do país. O estado tem 76 casos suspeitos e 16 confirmados: a capital tem 14; Niterói e Barra Mansa, um registro cada.

Com os casos de transmissão local, o estado passou para o nível 1 do Plano de Contingência. Nessa fase, está prevista a disponibilidade de 206 leitos exclusivos para tratamento de casos graves de pessoas infectadas em hospitais espalhados pelas diversas regiões, incluindo unidades municipais e federais, além da rede estadual.

"Este é o primeiro caso no estado de paciente que não esteve em países com transmissão comunitária. Como já havia alertado, estávamos esperando que isso acontecesse em breve. No entanto, ressalto que não há motivo para pânico", afirmou Santos.

Ontem, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, demonstrou preocupação com a propagação do coronavírus no Rio, principalmente na capital. "No Rio, você tem uma cidade muito estreita. Você tem o mar aqui, montanha aqui. A proximidade das pessoas no Rio de Janeiro é quase que constante o dia inteiro. Transporte público lotado, metrô funcionando, ônibus funcionando, cidade funcionando", ponderou o ministro.

Mandetta se reuniu com o prefeito Marcelo Crivella para acompanhar, no Aeroporto do Galeão, a chegada de seis tomógrafos da prefeitura. "Nós somos um continente. Não somos um país pequenininho, como a Itália. Temos que pensar como a China, como os Estados Unidos", disse Mandetta.