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Voo para plataforma na Bacia de Campos é cancelado por suspeita de coronavírus

Um dos 10 passageiros do helicóptero apresentou sintomas de infecção; todos foram levados para um hospital de Campos

O aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos, de onde partem diversos voos de helicóptero para as plataformas marítimas
O aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos, de onde partem diversos voos de helicóptero para as plataformas marítimas -
Um voo de helicóptero com 10 funcionários da Shell que embarcavam para uma plataforma marítima na Bacia de Campos foi cancelado momentos antes da decolagem quando um deles apresentou sintomas de infecção pelo coronavírus. A aeronave iria sair do aeroporto Bartolomeu Lisandro em Campos. O paciente e os demais foram levados para o hospital Dr. Beda, na cidade, para exames.
Procurada, a Vigilância em Saúde disse que está investigando, mas que as autoridades municipais não foram oficialmente comunicadas dos casos suspeitos.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) confirmou o ocorrido, apesar de não representar os operários da Shell; e manifestou preocupação pela saúde geral dos petroleiros que trabalham embarcados, uma vez que muitos viajam ao exterior ao trabalho e pela frequente vinda de funcionários estrangeiros às plataformas.
O homem suspeito de ter contraído a covid-19 chegou a Campos na quinta, vindo de Volta Redonda, e apresentou os sinais de contaminação.
Em nota, a administradora do aeroporto disse que “o trabalhador com sintomas ficou isolado em uma sala e outros nove passageiros que tiveram contato com ele foram mantidos em outra dependência do aeroporto, assim como três funcionários de uma terceirizada, até que os 13 fossem encaminhados a um hospital particular pela empresa aérea”.
De acordo com o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, medidas preventivas são tomadas nos embarques para as plataformas. Nos aeroportos, todos os trabalhadores da Petrobrás passam por medição de temperatura e respondem a um questionário sobre suas condições de saúde e rotinas nos últimos dias, como viagens ao exterior.
A Petrobras tem adotado algumas normas para minimizar os riscos, como cancelar viagens de funcionários, a menos que sejam inevitáveis, e divulgar internamente orientações para prevenção.
Até o momento não foram registradas suspeitas de contaminação de empregados da Petrobrás na Bacia de Campos. No Rio, houve um caso de contaminação de um trabalhador lotado na sede da empresa, que estava em férias no exterior e ainda não retornou ao local de trabalho.