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Preocupação com moradores de rua

Prefeito do Rio afirma que pode recorrer ao recolhimento compulsório caso seja necessário

A Prefeitura do Rio pode determinar a retirada compulsória de moradores de rua da cidade, caso seja agravada a epidemia do coronavírus. O anúncio foi feito pelo prefeito Marcelo Crivella. De acordo com ele, essa população poderá ser direcionada para abrigos, hotéis populares ou outras instituições.

"Estamos trabalhando na tentativa de convencer que existe um risco de adoecerem. Se alguém ficar doente, a retirada é imediata. Podemos ter o recolhimento compulsório, sim", informou.

Segundo Crivella, para a ação, ele pretende adotar como fundamentação jurídica o mesmo dispositivo que permite internação compulsória de dependentes químicos. De acordo com a Defensoria Pública do Rio, há cerca de 15 mil pessoas nas ruas da cidade.

Ex-morador de rua e escritor Léo Motta está preocupado. Segundo ele, instituições sociais suspenderam atividades com moradores de rua. Ele diz que os abrigos não têm estrutura para receber essa população. "Os abrigos não têm ventilação. Algumas unidades têm comida e água escassas", alertou. Procurada, a prefeitura não se manifestou.