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Coletiva de mascarados

Bolsonaro e ministros se enrolam com máscaras em entrevista para anunciar medidas

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A coletiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus ministros ontem para falar das medidas para o combate à pandemia do novo coronavírus foi no mínimo inusitada: todos estavam de máscaras e se enrolaram. Foi um tal de tira a máscara, coloca máscara, pendura na orelha, deixa sobre os olhos. Médicos recomendam que o uso seja feito apenas por pacientes que apresentam os sintomas ou profissionais de saúde em atendimento e que sejam trocadas a cada duas horas.

Bolsonaro iniciou a entrevista anunciando que o ministro de Minas e Energia, Bento Alburqueque, testou positivo para o exame de detecção do coronavírus. É o segundo ministro diagnosticado com a Covid-19. Mais cedo, foi confirmada a infecção do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Já são 16 pessoas da comitiva presidencial que viajou aos EUA infectadas com o coronavírus.

"Por que estamos usando máscaras agora? Além do general Heleno, também tivemos positivo o teste do ministro das Minas e Energia, o almirante Bento. Então, obviamente, o cuidado tem que ser redobrado", disse o presidente, ao lado de oito ministros no Palácio do Planalto. Mais tarde o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também foi diagnosticado com a doença.

Na coletiva foi anunciado ainda apoio do governo às companhias aéreas, um dos setores mais atingidos pela crise provocada pela pandemia.

Durante o pronunciamento, o presidente afirmou que o governo "está ganhando de goleada" e pediu que o trabalho do governo e dele próprio sejam exaltados. À noite, um panelaço contra o governo aconteceu em vários estados brasileiros e no Distrito Federal.

R10 e Assis estão presos em Assunção desde 6 de março: a perícia tenta descobrir ligações perigosas AFP
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