Mais Lidas

Transporte mais difícil

Estações de trem serão fechadas. Trens e barcas só para categorias essenciais

Aglomeração de pessoas durante uma manifestação na estação Mato Alto, na Zona Oeste do Rio
Aglomeração de pessoas durante uma manifestação na estação Mato Alto, na Zona Oeste do Rio -

Começaram à meia-noite de hoje as restrições de circulação de pessoas que saem de municípios da Região Metropolitana para a cidade do Rio de Janeiro. O decreto assinado pelo governador Wilson Witzel, na quinta-feira, proibiu a chegada de ônibus intermunicipais à capital.

Até ontem, o estado registrou 75 casos confirmados do novo coronavírus, 65 na capital. O objetivo da restrição é evitar aglomerações e a propagação do Covid-19.

Pelos próximos 15 dias, apenas profissionais de setores definidos pelo governo como 'essenciais' poderão acessar o Rio através de barcas e trens.

Ontem, quem precisou ir e vir do Rio para municípios da Baixada Fluminense, e cidades como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, tentava resolver de forma rápida como será a rotina até o dia 4 de abril.

Moradora de Cordeirinho, em Maricá, a cuidadora de idosos Diomar Matos, 42 anos, estava no Terminal Menezes Côrtes, no Centro do Rio, voltando para casa para buscar roupas suficientes para as duas semanas seguintes entre a casa da mãe, que mora na capital, e a casa de seu paciente, em Copacabana, na Zona Sul.

"Me dói muito ter que ficar 15 dias sem ir em casa. Mas é que sem o ônibus direto para o Rio eu teria que pegar um ônibus até o Centro de Niterói, depois as barcas e chegando aqui no Rio um terceiro transporte até o meu trabalho. É um gasto maior de passagem, e de tempo também. Então vou ficar entre o trabalho e a casa da minha mãe, que mora no Rio, vai ser o jeito", disse.

O decreto também suspendeu o transporte de passageiros por aplicativo entre a Região Metropolitana e a capital.