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BNDES injeta R$ 55 bi

Medidas incluem suspensão do pagamento de empréstimos e reforço no FGTS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá injetar R$ 55 bilhões na economia do país para socorrer trabalhadores e empresas de todos os setores durante a pandemia do coronavírus. As medidas foram divulgadas ontem, em live no YouTube com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Entre as medidas está a transferência de R$ 20 bilhões para reforçar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de onde poderão ser sacados pelos trabalhadores para atender suas necessidades imediatas, de acordo com o Ministério da Economia.

Segundo o BNDES, ainda poderá ser concedida às empresas a suspensão temporária, por seis meses, de amortizações de empréstimos ao BNDES, nas modalidades direta, no valor de R$ 19 bilhões, e indireta, no de R$ 11 bilhões. O benefício é voltado para setores como Petróleo e Gás, Aeroportos, Portos, Energia, Transporte, Mobilidade Urbana, Saúde, Indústria e Comércio e Serviços.

Nas operações diretas, o pedido de suspensão deve ser encaminhado ao BNDES. Em operações indiretas, a interrupção deverá ser negociada com o agente financeiro que concedeu o financiamento. Segundo Montezano, o prazo total do crédito será mantido e não haverá a incidência de juros de mora no período de suspensão.

Outra medida visa a expansão da oferta de capital às necessidades diárias das empresas, com ampliação da abrangência da linha 'BNDES Crédito Pequenas Empresas' — àquelas que faturam até R$ 300 milhões/ano. O limite de crédito por beneficiário irá de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões, com 24 meses de carência e cinco anos para se pagar os financiamentos. A ideia é oferecer R$ 5 bilhões às micro, pequenas e médias empresas.