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Pouco movimento

No último dia de comércio antes da restrição, salões de barbeiro têm baixa procura

O barbeiro Zequinha e o cliente Belfort: último dia para o corte de cabelo no salão foi ontem
O barbeiro Zequinha e o cliente Belfort: último dia para o corte de cabelo no salão foi ontem -

No último dia de comércio aberto no Rio, as ruas ficaram vazias e algumas lojas sequer abriram. Nas barbearias e salões de cabeleireiro que ainda atendiam ao público, poucos clientes aproveitaram para dar aquele tapa no visual, uma recomendação inclusive de higiene na prevenção do novo coronavírus.

Um deles foi Pedro Henrique Belfort, de 54 anos. Morador da Lapa, ele procurou um salão na Rua Riachuelo para cortar o cabelo. Belfort é dono de um comércio na região e já parou no sábado. "Quando fiquei sabendo da medida, vim rapidamente no salão. É triste o que está acontecendo, mas acho certas as providências. A tendência é aumentar os casos, então precisamos nos proteger", avaliou.

O cabeleireiro Zequinha, de 39 anos, por sua vez, pretende atender em domicílio a clientela da redondeza. "Trabalho há 17 anos aqui, o pessoal mais idoso nem tem vindo. Preciso manter meu sustento".

As lotéricas são alguns estabelecimentos que permanecerão abertos. Os jogos da Loteria Federal e Loteca, entretanto, estão suspensos e o movimento de deve cair.

O aposentado César Cardoso, de 74 anos, joga diariamente no 'Dia de sorte', mas por conta do cenário da pandemia vai parar de frequentar as casas lotéricas. "Vai me fazer falta, porque mesmo sendo jogo de azar ainda há chances. Tenho a esperança de um dia ganhar", contou.