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Navios como abrigos

Estado planeja apelar à Marinha para proteger grupos de risco das favelas

O Maracanã tem um histórico de ajuda em tempos de crise, como nas enchentes de janeiro de 1966
O Maracanã tem um histórico de ajuda em tempos de crise, como nas enchentes de janeiro de 1966 -

Em meio ao avanço da pandemia do coronavírus no Estado do Rio de Janeiro, o governo estadual e a prefeitura da capital anunciara que podem recorrer, respectivamente, a navios da Marinha e a hotéis cariocas para abrigar e proteger grupos de risco que moram nas comunidades mais carentes — idosos e pacientes com problemas respiratórios, cardíacos, hipertensos e diabéticos.

"Precisamos discutir diversas medidas e usar os navios é uma delas", disse o secretário estadual da Saúde, Edmar Santos, numa reunião com representantes das favelas, na qual pediu ajuda ao governo federal.

Na véspera, a Prefeitura do Rio já havia anunciado que pretendia abrir cerca de mil vagas em hotéis para grupos de risco que moram em áreas carentes, aglomeradas de forma involuntária, segundo o prefeito Marcelo Crivella.

Também ontem, o prefeito anunciou a instalação de um hospital de campanha no Riocentro, na Zona Oeste, que, segundo ele, deve entrar em operação em 20 dias. "Foi o prazo que a empresa nos deu para montar as instalações. Serão 500 leitos: 400 de clínica médica e 100 para emergência", disse Crivella.

O objetivo, segundo o secretário de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca, é transferir para lá "pacientes internados que não estejam em estado grave para liberar leitos para atendimento a pacientes da Covid-19 nos hospitais do município, principalmente o Ronaldo Gazolla (em Acari)".

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