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Bolsonaro é criticado por Witzel por apoiar mulher que pediu reabertura do comércio

Governador também criticou as medidas anunciadas até agora pelo governo federal para reduzir o impacto econômico da pandemia do novo coronavírus no país

O governador Wilson Witzel
O governador Wilson Witzel -
O governador Wilson Witzel (PSC) criticou, nesta quinta-feira, o apoio que o presidente Jair Bolsonaro deu a uma mulher que pediu a reabertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Ela, que identificou como professora, abordou o presidente em frente ao Palácio da Alvorada nesta manhã.
Em sua fala, além da retomada dos serviços, a mulher também pediu a presença do Exército nas ruas. O presidente disse que ela falava "por milhões de pessoas". Momentos depois, ele compartilhou o vídeo da abordagem em seu Twitter.
"A responsabilidade pelo que se fala é muito grande quando se exerce um cargo de presidente da República. As sanções àquilo que se fala e que pode ir na contramão do que hoje nós estamos vivendo podem ser graves", alertou Witzel, em coletiva realizada no Palácio Guanabara, dizendo que "esse tipo de manifestação é extremamente prejudicial".
Ainda sobre a atitude de Bolsonaro hoje cedo, Witzel disse esperar que o presidente reflita sobre o que está fazendo, "porque a população não pode estar confusa nesse momento". 
"A população tem que acreditar em seus governantes, porque nós estamos seguindo orientações técnica e estamos tomando medidas para salvar vidas. Tenho certeza que ainda há tempo de ele reconsiderar suas atitudes para evitar um mal maior a ele próprio", pontuou.
Witzel reforçou ainda que não vai ficar na história "como um líder de um estado que virou as costas para a população mais vulnerável". 
"Eu lamento profundamente e eu espero que o presidente coloque a mão na consciência e mude de postura. Se ele está tão convencido daquelo que ele está falando, bota no papel, para de falar, escreve, e aí vamos ver se o que ele está falando está certo ou errado", continuou.
O governador também disse que as medidas anunciadas até o momento pelo governo federal para reduzir o impacto econômico da covid-19 não são suficiente para os estados.