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Estado de calamidade

Decreto também adia reinício das aulas, mas permite abertura de quiosques da orla

Para especialista em Saúde Pública, decisões do prefeito Marcelo Crivella são contraditórias
Para especialista em Saúde Pública, decisões do prefeito Marcelo Crivella são contraditórias -

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Progressistas), decretou estado de calamidade pública no município, por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida ainda precisa ser aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). Na mesma canetada, mas em outro decreto, Crivella afrouxou as restrições de funcionamento de quiosques nas praias.

Para Ligia Bahia, especialista em Saúde Pública da UFRJ, há uma contradição entre as duas decisões municipais. "A reabertura dos quiosques estimula que as pessoas vão para a orla, comprem água de coco. A praia é um local de aglomeração, especialmente em um feriado. Nesse momento crescente da curva de contaminação, flexibilizar o isolamento é errado. Agora precisávamos de um controle mais rígido da quarentena", explicou.

Votação na Alerj

O estado de calamidade deverá ser votado na próxima terça-feira, na Alerj. Os deputados vão analisar a mesma medida para outros sete municípios. Na Câmara dos Vereadores, a medida do Rio já foi aprovada na semana passada.

"O decreto vai permitir que a prefeitura afaste temporariamente algumas das suas exigências, sobretudo as limitações para os gastos e endividamento", afirmou a prefeitura, em nota.

 

Para especialista em Saúde Pública, decisões do prefeito Marcelo Crivella são contraditórias Ricardo Cassiano
Prefeito Marcelo Crivella em entrevista coletiva nesta quarta Ricardo Cassiano / Agência O DIA