Baile Charme em casa

Se engana quem pensa que é preciso ser profissional para poder dançar em casa e movimentar o corpo. Uma música animada, um espaço adequado e vontade de se exercitar já são suficientes para quebrar a rotina e aliviar um pouco do estresse causado pelo isolamento social. E por que não transformar a sala de casa em um típico Baile Charme?

Para quem busca um estilo de dança sem muitas dificuldades e cheio de benefícios, o ritmo desse estilo nascido na Zona Norte carioca pode ser uma boa pedida. "São passinhos fáceis. O Charme trabalha a parte psicomotora e traz bem-estar para a pessoa. Qualquer um pode dançar", recomenda o professor de dança Maurício Guimarães de Sousa, conhecido como Rubão.

A batida, que faz parte da cultura carioca há 40 anos, recém-completados, além de afastar o tédio da quarentena, pode também ajudar a queimar gordurinhas. Segundo Rubão, pode-se perder de 300 a 500 calorias, trabalhando mais as pernas e a região abdominal. "Quanto mais você se solta, mais gasto calórico tem", garante o professor, que sugere que a atividade seja feita diariamente, em sessões de 30 a 50 minutos.

Apesar da simplicidade da dança, o professor adverte que é preciso ir mais devagar em algumas situações, como no caso de pessoas que sofrem de labirintite. O ideal é evitar rodar e girar muito para não sentir tonturas e causar náuseas, conforme ressalta o profissional.

Música e dança como terapia

Em tempos de isolamento social e preocupação com a saúde, por conta da pandemia da Covid-19, o professor Rubão, que está no ramo da dança há 23 anos, reforça a importância da música para acalentar as pessoas nesse momento delicado para o mundo.

"Não importa o estilo, se é jazz, samba ou funk. A música consegue resgatar as pessoas nesse momento tão difícil. Nesse momento de isolamento, cada profissional que trabalha com música tenta, de alguma forma, passar alegria e esperança às pessoas, mostrando que elas não estão sozinhas", finaliza.

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