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Domingão erradão

Parte dos cariocas insiste em correr risco

Antônio Mesquita Mariano (à esquerda) e o filho Alexandre morreram por covid-19 em um intervalo de 15 dias
Antônio Mesquita Mariano (à esquerda) e o filho Alexandre morreram por covid-19 em um intervalo de 15 dias -

Muitos cariocas vêm seguindo à risca as medidas de isolamento social para evitar o contágio pela Covid-19. Mas, para alguns, as regras foram, mais uma vez, quebradas, ontem, em um domingo de sol que, se não chegou a lotar as praias, mostrou uma parcela da população despreocupada com o perigo que corre.

Nas orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul, muitas pessoas foram vistas sem máscaras e desrespeiando o distanciamento mínimo de 1,5m. A tranquilidade do passeio em meio à pandemia também assustou. Por toda a orla, surfistas, ciclistas, corredores e banhistas desrespeitaram a medida de interdição das praias e se aventuraram no mar, no calçadão e até mesmo na rua, driblando bloqueios da polícia.

Segundo a PM, a prioridade é conscientizar a luta contra a Covid-19, que exige responsabilidade de todos, e grande parte da população acata as recomendações.

Ainda na orla, quiosques também desrespeitaram as recomendações de fazer apenas delivery e serviram clientes aguardando no local.

Já na Zona Norte, o sol de domingo movimentou moradores para um dos maiores mercados a céu aberto do Rio, a Feira de Acari. Já dependentes químicos em condição de rua na Mangueira e no Maracanã vivem o cotidiano na aglomeração, e cuidados com a higiene não estão entre as prioridades, mesmo durante a pandemia. A Secretaria Municipal de Assistência Social disse que poucos aceitam assistência.

A Covid-19 infectou, até ontem, 4.675 pessoas no estado, matando 402.

Dependentes químicos em situação de rua vivem aglomerados na Avenida Brasil e no Maracanã. Para eles, os cuidados com a covid-19 e o respeito ao distanciamento social não estão entre as prioridades Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Na Mangueira e no Maracanã, dependentes químicos em situação de rua vivem aglomerados e muitos deles recusam assistência social, de acordo com a prefeitura Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Carros da PM bloqueiam as ciclovias de Lebon e Ipanema, fazendo com que corredores e ciclistas passem até mesmo pela rua. Na areia, o mesmo cenário de desrespeito às orientações das autoridades Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Ciclistas, corredores e caminhantes passeiam, na maioria, sem proteção FOTOS de Gilvan de Souza
Muitos foram flagrados sem máscaras e passeando despreocupados pela orla Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Carros da PM bloqueiam as ciclovias de Lebon e Ipanema fazendo com que pessoas e ciclistas passem por trás da viatura ou pela ruas, uma das medidas adotadas pela Polícia Militar para evitar aglomerações e conscientizar a população sobre o combate à doença Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Antonio Mariano, 67, morador da Rocinha, e o filho Alexandre, 45 Reprodução
Os irmãos Sandro Eduardo e Cláudio José morreram no mesmo dia Reprodução
Antônio Mesquita Mariano (à esquerda) e o filho Alexandre morreram por covid-19 em um intervalo de 15 dias Reprodução